1.200 profissionais são capacitados
para tratamento da dengue

São médicos, enfermeiros, bioquímicos e agentes de saúde, além dos profissionais que atuam na classificação de risco e notificação de casos de dengue. É uma ação do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue, instituído pelo Governo do Estado.
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30/01/2020 - 14:20
Editoria

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Desde o início desta semana, equipe técnica da Secretaria da Saúde do Paraná percorre as regiões do Estado que apresentam maiores índices de infestação de dengue para capacitação sobre o manejo clínico da doença.

Somente na ação direcionada nas regiões de Londrina e Maringá foram mais de 900 profissionais de saúde, que atuam em 51 municípios. Nesta quinta-feira (30), a capacitação acontece em Paranavaí, com a participação de cerca 120 profissionais, e sexta-feira (31) envolverá os profissionais da região de Campo Mourão.

“Agilizando o diagnóstico, promovemos também o tratamento de forma oportuna de segura ao paciente infectado”, disse o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto. “O Paraná segue em alerta para a dengue, são várias frentes de combate em todos os municípios, e esta capacitação faz parte das várias ações do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue, instituído pelo Governo do Estado”, explica.

“Estamos capacitando médicos, enfermeiros, bioquímicos e agentes de saúde, além dos profissionais que atuam na classificação de risco e notificação de casos de dengue”, explicou o médico da Coordenação de Vigilância Ambiental da Secretaria, Enéas Cordeiro Filho.

AJUSTES - Segundo ele, é preciso atentar para alguns procedimentos do manejo clínico que sofreram ajustes recentes, como a hidratação do paciente. “Não basta bastante líquido e soro. Existe uma fórmula para calcular esta necessidade e também os tipos de líquido que devem ser indicados”, destacou.

O médico ressaltou, ainda, a necessidade de exames de sangue complementares para pacientes que evoluem para casos mais graves, sugerindo casos de hemorragia. “Outro detalhe questionado pelos profissionais é quanto ao uso de medicamentos. Nossa orientação é evitar o uso de anti-inflamatórios nos casos de dengue”, afirmou Enéas Cordeiro Filho.

NOTIFICAÇÃO – A importância da notificação também é tema dos encontros com os profissionais. “Estamos construindo um canal endêmico da dengue no Estado, ou seja, um registro oficial das ocorrências que nos informará com precisão os municípios em epidemia e sinal de alerta e da mesma forma a diminuição de casos. Este quadro tem o objetivo de guiar as ações de combate e por isso a notificação em formulário deve ser feita de forma imediata pelos municípios”, complementou Enéas Cordeiro.

O boletim divulgado nesta semana pela Secretaria da Saúde confirmou sete óbitos por dengue desde o início do ano no Paraná e 10.882 casos confirmados da doença.

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