Vizinhos compartilham biodigestor para produzir energia limpa e manejar resíduos da suinocultura
03/09/2024
A cerca que divide as propriedades de José Valdir Genaro e Ari Facioni, em Itaipulândia, no Oeste do Paraná, é uma mera formalidade quando o assunto é sustentabilidade na suinocultura. Para viabilizar um sistema de produção de energia limpa, os produtores decidiram compartilhar um biodigestor e um gerador. Com isso, os dois conseguem baratear as contas de luz e ainda manejar os resíduos da produção de maneira ambientalmente responsável. O compartilhamento do sistema também permite que o investimento feito pelos produtores se pague mais rápido, com uma produção diária de energia ainda maior. O modelo também serve de exemplo para pequenos produtores, que individualmente não teriam fôlego financeiro ou volume de dejetos para manter um sistema sozinho. O Ari Facioni conta como começou essa parceria. // SONORA ARI FACIONI //
Com a soma dos dejetos dos 3 mil suínos da propriedade de José e de mil e 800 da propriedade de Ari, o gerador instalado por eles produz cerca de 75 kilowatts por hora, funcionando mais de 12 horas por dia. O volume é suficiente para dar independência energética para as duas propriedades de maneira limpa e renovável, conforme destacou o produtor José Valdir Genaro. // SONORA JOSÉ VALDIR GENARO //
A geração de energia a partir dos dejetos e resíduos orgânicos acontece em duas etapas. Na primeira, os restos de ração, fezes, urina e carcaças são depositados em um poço cavado no chão e coberto por uma lona especial, chamado de biodigestor, onde passar por reações químicas que produzem o biogás. Depois, os gases passam por um gerador que os transforma em energia. Além da energia, José disse que o sistema garante o manejo adequado dos dejetos dos animais, um dos maiores passivos da suinocultura atualmente. Com os biodigestores, todos os resíduos têm uma destinação ambientalmente correta, dentro da propriedade. // SONORA JOSÉ VALDIR GENARO //
Os processos químicos do sistema também produzem um composto que pode ser devolvido à lavoura ou ao pasto da propriedade como um fertilizante rico em nutrientes. Sem este processo, o depósito destes dejetos é altamente prejudicial ao meio ambiente. Por causa disso, o diretor ambiental da Prefeitura de Itaipulândia, Altair Ruschel, explicou que muitos suinocultores só conseguem aumentar as produções ao construírem biodigestores nas propriedades. // SONORA ALTAIR RUSCHEL //
O investimento feito para a instalação de todo o sistema, que também conta com um triturador de carcaças, foi de cerca de 800 mil reais e contou com o incentivo do RenovaPR, o Programa Paraná Energia Renovável, do Governo do Estado. O empréstimo para a construção do sistema foi feito a juro zero, por meio do Banco do Agricultor Paranaense, como forma de estimular a transformação energética no campo. Em Itaipulândia, um programa da prefeitura da cidade em parceria com a Itaipu Binacional também oferece subsídio para a instalação dos biodigestores e fornece os geradores em consignação aos suinocultores. (Repórter: Victor Luís)
Com a soma dos dejetos dos 3 mil suínos da propriedade de José e de mil e 800 da propriedade de Ari, o gerador instalado por eles produz cerca de 75 kilowatts por hora, funcionando mais de 12 horas por dia. O volume é suficiente para dar independência energética para as duas propriedades de maneira limpa e renovável, conforme destacou o produtor José Valdir Genaro. // SONORA JOSÉ VALDIR GENARO //
A geração de energia a partir dos dejetos e resíduos orgânicos acontece em duas etapas. Na primeira, os restos de ração, fezes, urina e carcaças são depositados em um poço cavado no chão e coberto por uma lona especial, chamado de biodigestor, onde passar por reações químicas que produzem o biogás. Depois, os gases passam por um gerador que os transforma em energia. Além da energia, José disse que o sistema garante o manejo adequado dos dejetos dos animais, um dos maiores passivos da suinocultura atualmente. Com os biodigestores, todos os resíduos têm uma destinação ambientalmente correta, dentro da propriedade. // SONORA JOSÉ VALDIR GENARO //
Os processos químicos do sistema também produzem um composto que pode ser devolvido à lavoura ou ao pasto da propriedade como um fertilizante rico em nutrientes. Sem este processo, o depósito destes dejetos é altamente prejudicial ao meio ambiente. Por causa disso, o diretor ambiental da Prefeitura de Itaipulândia, Altair Ruschel, explicou que muitos suinocultores só conseguem aumentar as produções ao construírem biodigestores nas propriedades. // SONORA ALTAIR RUSCHEL //
O investimento feito para a instalação de todo o sistema, que também conta com um triturador de carcaças, foi de cerca de 800 mil reais e contou com o incentivo do RenovaPR, o Programa Paraná Energia Renovável, do Governo do Estado. O empréstimo para a construção do sistema foi feito a juro zero, por meio do Banco do Agricultor Paranaense, como forma de estimular a transformação energética no campo. Em Itaipulândia, um programa da prefeitura da cidade em parceria com a Itaipu Binacional também oferece subsídio para a instalação dos biodigestores e fornece os geradores em consignação aos suinocultores. (Repórter: Victor Luís)