Universidades estaduais se destacam no registro de patentes

06/10/2020
As universidades estaduais de Londrina, a UEL, Maringá, a UEM e do Oeste do Paraná, a Unioeste, figuram entre as 50 instituições brasileiras que mais registraram patentes em 2019, de acordo com relatório divulgado pela Assessoria de Assuntos Econômicos do INPI, Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Juntas, as três instituições somaram 40 pedidos de registro de invenções, produtos, processos de fabricação ou aperfeiçoamentos. O relatório foi divulgado no dia 29 do mês passado.
Patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, concedido pelo Estado aos inventores, autores e outras pessoas físicas ou jurídicas, detentoras de direitos sobre a criação. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente.
O Superintendente de Ciência, Tecnologia, e Ensino Superior, Aldo Bona, diz que o ranking reforça estimular o desenvolvimento de pesquisas aplicadas que resultem em produtos para a sociedade. Segundo ele, a Superintendência está elaborando um programa chamado Prime para transformar ideais em negócios, ofertando uma formação empreendedora para professores e pesquisadores. //SONORA ALDO BONA//
Contabilizando o depósito de cinco patentes em 2019, a UEM aparece em 22º lugar no Ranking dos Depositantes Residentes de Patentes de Modelo de Utilidade, MU, que é relativo às propostas de melhoria de produtos e processos já existentes. Desde o início da série histórica, em 2014, esse é o terceiro ano que a instituição figura na lista.
A UEL apareceu sete vezes no ranking nos últimos 4 anos, somando 118 depósitos, entre as modalidades Programas de Computador e Patentes de Invenção,PI, que são relativas a novas tecnologias.
Entre as 50 organizações mais inovadoras do País, no que se refere a registros de patentes, a Unioeste contabiliza, pelo quarto ano, 25 depósitos de PI e MU.
Uma invenção, que é resultado de um trabalho de conclusão de curso de estudantes da UEM, consiste em uma mesa ortostática com dobradura, projetada para melhorar o equipamento hospitalar utilizado na recuperação de pacientes com lesão medular espinhal ou paralisia cerebral.
O professor do Departamento de Engenharia Mecânica da UEM, Flávio Colman destaca que o equipamento surgiu de uma necessidade de fisioterapeutas do Hospital Universitário de Maringá., possibilitando mais conforto aos pacientes. //SONORA FLÁVIO COLMAN//
Nesta edição mais recente do ranking, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, liderou os registros de programas de computador, com um total de 101 pedidos de patentes.
No Brasil, o INPI é o órgão responsável pela análise de pedidos de registro de marcas e patentes, assim como pela concessão de patentes, averbação de contratos de transferência de tecnologia e franquia, registro de programas de computador, desenhos industriais e indicações geográficas.(Repórter: Flávio Rehme)