Universidade Estadual de Maringá começa a fazer exames de pré-transplante no Paraná

09/04/2024
O Laboratório de Imunogenética, o LIG, da Universidade Estadual de Maringá, a UEM, começou nesta semana a fazer os testes de histocompatibilidade para transplantes de órgãos sólidos de doadores falecidos, também conhecidos como exames de pré-transplante. Com a implantação do serviço, o LIG, que está localizado no câmpus-sede, virou o terceiro local do Paraná com essa possibilidade, além de Curitiba e Londrina. Para a abertura do serviço, o LIG teve que se preparar estruturalmente com a compra de equipamento e kits para exames. Até o momento, já foram investidos cerca de 700 mil reais, e está em andamento mais um pedido de compras de cerca de 500 mil reais em kits para tipagem HLA, que significa antígeno leucocitário humano, e para detecção de anticorpos anti-HLA. Atualmente está em implantação o projeto de transição dos exames de Londrina para Maringá. Inicialmente, será feita a tipagem HLA de doadores falecidos de órgãos, como rim, fígado, coração, entre outros. No segundo semestre, serão introduzidos os exames de monitoramento dos pacientes na lista de espera para transplantes renais e cardíacos, e, na sequência, os exames da prova cruzada, que é cruzar as células do doador com o sangue dessas pessoas que estão na lista de espera para saber quem pode receber. O laboratório também realiza exames para o cadastramento de doadores voluntários de medula óssea dos Hemocentros de Maringá, Cianorte, Paranavaí, bem como exames de pacientes do Hospital do Câncer de Maringá e seus familiares. A partir do atendimento para transplante de órgãos, passará a atender 23 hospitais, distribuídos nas cidades de Campo Mourão, Cianorte, Colorado, Goioerê, Maringá, Paranavaí, Sarandi e Umuarama. As amostras são encaminhadas pela Central Estadual de Transplantes por meio da Organização de Procura de Órgãos. O Paraná está na liderança nacional em doações de órgãos, registrando no ano passado 42,5 doadores por milhão de população. Em números absolutos são 486 doadores efetivos. Os dados são do Registro Brasileiro de Transplantes, elaborado e divulgado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos nesta semana. A média do Brasil foi 19,9 pmp. O registro ainda apontou que o Paraná possui a menor taxa de recusa familiar para doação do Brasil. O Estado registrou 27% de recusa durante as entrevistas familiares, enquanto a média nacional foi de 42% no ano. (Repórter: Gabriel Ramos)