Universidade Estadual de Londrina cria membrana que ajuda na formação de pele, osso e cartilagem

11/10/2019
Uma membrana capaz de ajudar na formação de pele, osso e cartilagem. Esse é o resultado de um projeto de uma pesquisa do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, do Centro de Ciências Exatas da UEL, a Universidade Estadual de Londrina. A iniciativa é liderada pelo professor Cesar Augusto Tischer, do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia. Ele explica que, a partir do plástico biodegradável, é possível criar uma estrutura para o suporte que proporciona o crescimento de células. Em uma impressora 3D, por exemplo, segundo o professor, é possível imprimir uma estrutura em formato de orelha e aplicar a membrana que serve como promotora para a proliferação das células.// SONORA CESAR AUGUSTO TISCHER//O projeto de pesquisa tem a participação de professores, alunos de iniciação científica e programas de mestrado e doutorado. O processo de testes em animais, atualmente, é feito com células de rato. Para que seja feito em humanos, muitas etapas precisam ser vencidas. O projeto de pesquisa termina em 2021 e as perspectivas, segundo o professor Cesar Augusto Tischer, são boas. Ele explica que os protótipos para desenvolvimento de células de pele, osso e cartilagem são um estágio anterior ao desenvolvimento de outros tecidos mais complexos e acredita que o desenvolvimento de órgãos vitais, como fígado, pâncreas e coração, deve ocorrer em um período de 10 a 20 anos. Por enquanto, segundo o professor, a biocompatibilidade é usada para chegar a muitos produtos.// SONORA CESAR AUGUSTO TISCHER//O professor explicou que tem empresas interessadas na nanocelulose bacteriana para a produção de cremes hidratante e antienvelhecimento. A mestre em Biotecnologia pela UEL, Sabrina de Oliveira, teve o projeto selecionado pelo Programa Sinapse da Inovação Paraná, feito pelo Governo do Estado, por meio da Celepar e da Fundação Araucária. Ela está entre os 100 projetos aprovados na terceira e última etapa do programa e a seleção está em fase de recursos, com o resultado final marcado para a próxima terça-feira. Ela apresentou como problema as queimaduras provocadas pela radioterapia, as chamadas radiodermatites. A proposta da solução, descrita no projeto, é fabricar um produto à base de celulose bacteriana úmida para proteção e regeneração de pele. (Repórter: Priscila Paganotto)