Unidades de saúde reforçam a luta contra a Covid-19

14/05/2020
A pandemia do novo coronavírus mudou a rotina no sistema de saúde de todo o Brasil. No Paraná, as unidades básicas de saúde também sentiram os impactos da doença no dia a dia de trabalho. Com restrição de entrada de pessoas para reduzir os riscos de contágio, os profissionais passaram a realizar atendimento de formas diferenciadas. Milena Corrêa Leme é servidora da Unidade de Saúde Moradias da Ordem, no Tatuquara, em Curitiba, uma das portas de entrada dessa estratégia que prevê atuação integrada com a população e filtragem dos casos para organizar as filas de atendimento no Estado. Segundo Milena, a Covid-19 exigiu mudanças radicais no protocolo de atendimento à população.// SONORA MILENA CORREA.//

Ela destacou que os casos mais urgentes, onde fica evidente a necessidade de um acompanhamento mais próximo do profissional, também têm avaliação cuidadosa.// SONORA MILENA CORREA.//

A rotina de trabalho de Milena é espelhada em algumas unidades de saúde do Paraná. Em outras, as orientações estão mais debruçadas sobre as buscas ativas. O pano de fundo, no entanto, é o mesmo: promoção de ações educativas e cuidados perto das pessoas. Cerca de 30 mil profissionais de saúde trabalham na atenção primária, no Interior e na Capital. São 2.578 unidades básicas de saúde no Estado. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, tudo é feito sob uma coordenação atenta.// SONORA BETO PRETO.//

Na Atenção Primária à Saúde se concentram 80% dos casos de Covid-19, os quadros leves, segundo estimativas da Organização Mundial e do Ministério da Saúde. Essa é a área que atende as pessoas em unidades próximas dos domicílios e até mesmo nas próprias casas. É onde é possível fazer uma medição de como as orientações gerais em período de isolamento social e etiqueta respiratória têm alcançado a população. Durante surtos e epidemias, esse trabalho ganha mais protagonismo na resposta à doença. É na atenção primária que estão inseridas os cadastros dos pacientes dos grupos de risco e onde ocorre a identificação precoce de casos graves que devem ser remanejados para os hospitais. Carmem Moura, coordenadora de Organização da Rede de Cuidados em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, reforçou a importância das unidades básicas nesta atenção primária.// SONORA CARMEM MOURA.//

É na Atenção Primária que se desenvolve ações de promoção e prevenção. Isso quer dizer que as equipes não esperam o adoecimento das pessoas, mas buscam pelas famílias que neste momento precisam ser monitoradas e orientadas sobre os cuidados para não adoecer com o distanciamento social, principalmente em relação a lavagem das mãos e etiqueta respiratória. Também é nesse setor que as ações de vigilância para bloquear e reduzir o risco de expansão são mais evidentes e em que a educação em saúde pública é uma rotina. São esses profissionais que mantêm olhares atentos aos hipertensos, diabéticos, gestantes e idosos. Outras informações sobre as ações na área de saúde, especialmente no enfrentamento à Covid-19, podem ser acessadas em coronavirus.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)