UEL desenvolve bioinseticida para controle do Aedes aegypti

28/10/2019
Professores da Universidade Estadual de Londrina apresentam nesta quarta-feira, em Brasília, o bioinseticida desenvolvido por pesquisadores da instituição. A reunião será com representantes do Ministério da Saúde, do CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, e da Capes, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Com financiamento por órgãos federais, o projeto que desenvolveu o inseticida é feito em várias instituições do Estado e o coordenador local, pela UEL, é o professor João Zequi, do Departamento de Biologia Animal e Vegetal, do Centro de Ciências Biológicas. Trata-se do projeto “Inovação em produtos de controle e repelência do vetor e no monitoramento de arbovírus”. O bioinseticida desenvolvido na UEL é apresentado em duas formulações - comprimido e pó - e serve para controle do mosquito Aedes aegypti, que além de ser vetor para a dengue, transmite os agentes que causam a febre zika e a chikungunya. Zequi destacou que o objetivo é obter o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para que o produto seja colocado à disposição da população a baixo custo.
Segundo João Zequi, o produto é fabricado de forma artesanal e quase todas as fases são desenvolvidas dentro da UEL. Somente a última etapa, de estabilização do produto em comprimido, é realizada em Curitiba, pelo professor Francisco de Assis Marques, da Universidade Federal do Paraná. Zequi afirmou que o bioinseticida pode ser usado em reservatórios de água com difícil acesso, que impede a eliminação de larvas do mosquito Aedes. A produção artesanal do bioinseticida da UEL atende as prefeituras e empresas que mantêm com a Universidade contratos de prestação de serviços. Entre as prefeituras atendidas estão as dos municípios paulistas de Adamantina, Tupã e Ourinhos. O produto desenvolvido na UEL é usado em lagoas de tratamento de efluentes. (Repórter: Wyllian Soppa)