Tesouro Nacional mantém Paraná com avaliação de crédito positiva
08/08/2020
O Tesouro Nacional manteve o Paraná no rol dos estados com selo de “bom pagador”, apesar das dificuldades de arrecadação impostas pela pandemia de covid-19. Nota Técnica da Coordenação-Geral de Relações e Análise Financeira dos Estados e Municípios, Corem/STN, enviada nessa sexta-feira à Secretaria de Estado da Fazenda, traz a análise da capacidade de pagamento paranaense, que segue com nota B, numa escala de A a D.Desta forma, o Paraná pode continuar a contrair empréstimos com a garantia da União, possibilitando, assim, a contratação de taxas de juros mais vantajosas no mercado.A análise apura a situação fiscal dos estados, com base na relação entre receitas e despesas e a situação de caixa, sendo o principal indicador para medir a capacidade de pagamento de um estado frente aos empréstimos tomados no mercado no setor bancário.O objetivo é apurar se um novo endividamento representa risco de crédito para o Tesouro Nacional: os estados classificados como A ou B podem pedir empréstimos com garantia da União; aqueles com avaliação C ou D são classificados como maus pagadores e não podem contrair novos empréstimos.Dentre os nove estados do país que conseguiram avaliação positiva, apenas o Espírito Santo atingiu a nota A.Com o objetivo de verificar se o Estado continua a atender ao requisito de elegibilidade, a Corem/STN analisa as variáveis que impactam a avaliação da capacidade de pagamento. A metodologia é pautada em três indicadores: endividamento, poupança corrente e índice de liquidez, e o Paraná manteve sua nota em todos os cenários projetados, em liquidez, inclusive, recebendo “A”.Para o secretário da Fazenda do Paraná, Renê Garcia Junior, a análise confirma o acerto das medidas tomadas para garantir o equilíbrio fiscal e demonstra que o Estado tem condições de, apesar da crise, manter suas obrigações e pagamentos junto à União e aos bancos.Os procedimentos são definidos pela Secretaria do Tesouro Nacional e têm como objetivo garantir políticas e diretrizes bem definidas no que diz respeito a conter riscos operacionais e inadimplência.Com isso, após avaliar o grau de solvência, a relação entre despesas e receitas correntes e a situação de caixa, é feito o diagnóstico sobre a capacidade dos estados e municípios honrarem suas obrigações financeiras.(Repórter: Marcelo Galliano)