Terminam nesta quarta-feira, em Curitiba, os fóruns sobre febre aftosa

27/05/2019
O Governo do Paraná encerra, nesta quarta-feira, em Curitiba, o ciclo de fóruns regionais “Paraná livre de febre aftosa sem vacinação”. O evento acontece uma hora da tarde, no Auditório Mário de Mari, no Jardim Botânico, atendendo a capital, Ponta Grossa e Paranaguá. O objetivo é esclarecer quais mudanças vão ocorrer após a suspensão da vacina contra a febre aftosa no Paraná. Uma comitiva da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e da Adapar, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, percorreu, nos últimos dias, cinco municípios para a promoção dos fóruns. A etapa no interior do Estado encerrou em Cascavel e passou pelos municípios de Paranavaí, Cornélio Procópio, Guarapuava e Pato Branco. No Interior, 4 mil e 300 pessoas participaram das discussões, entre produtores, entidades e lideranças do setor agropecuário, técnicos, estudantes e representantes do poder público. O secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, disse que os produtores são fundamentais nesse processo e precisam estar informados sobre as práticas necessárias na propriedade. Ele destacou, ainda, que o Paraná tem condições técnicas para garantir a defesa agropecuária e possibilitar, com a suspensão da vacinação, a entrada do Estado nos melhores mercados de proteínas animais.// SONORA NORBERTO ORTIGARA//Um estudo divulgado em março por técnicos da Adapar e da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, mostra que o novo status pode dobrar as exportações de carne suína no Paraná, chegando a 200 mil toneladas ao ano. O cenário é previsto se o Estado conquistar apenas 2% do mercado potencial, liderado por China, Japão, México e Coreia do Sul, que pagam mais pelo produto com reconhecida qualidade sanitária, e representam 64% do comércio mundial de carne suína. As cadeias produtivas de carne bovina, aves e leite também vão ser beneficiadas com o acesso a mercados que pagam melhor.Para o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, o Paraná está preparado para o diagnóstico rápido da doença, que não se manifesta desde 2005. Para isso, estão sendo feitos treinamentos, análises do trânsito de animais e o fortalecimento de barreiras nas divisas do Estado. Segundo ele, cargas em trânsito de animais vacinados podem passar pelo Paraná desde que por pontos de ingresso estabelecidos pela Agência, que tem 33 postos de fiscalização.// SONORA RAFAEL GONÇALVES DIAS//A campanha de vacinação termina na sexta-feira e abrange bovinos e búfalos de até 24 meses de idade. Após a campanha, o Paraná deixa de vacinar contra a febre aftosa. Em setembro deste ano, o Ministério da Agricultura deve publicar um ato normativo que muda o status do Estado para Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, e a Organização Mundial de Saúde Animal vai reconhecer a condição do Paraná em 2021. (Repórter: Priscila Paganotto)