Terapia com cavalos da PMPR colabora na qualidade de vida de pessoas com deficiência

21/06/2024
A equoterapia é uma prática com cavalos oferecida gratuitamente há mais de 30 anos pela Polícia Militar do Paraná, que ajuda física e psicologicamente no tratamento de diversas síndromes e deficiências. Com uma abordagem interdisciplinar entre as áreas de saúde, educação e equitação, a terapia pode melhorar o equilíbrio, a coordenação motora, a confiança e a interação social, proporcionando exercícios únicos e eficazes para o tratamento de diferentes condições. O comandante do Regimento de Polícia Montada, tenente-coronel Juliano Caciatori, enfatiza a função social do projeto, que contempla pessoas carentes e aproxima a polícia da população. // SONORA JULIANO CACIATORI //

Um dos beneficiados pelo projeto da Polícia Militar do Paraná é Lucas Barreto, de 22 anos, que tem paralisia cerebral e começou na equoterapia ainda criança, em 2013. Hoje, é bicampeão nacional no paradestramento, prova em que o atleta precisa efetuar determinados movimentos com o cavalo com harmonia e equilíbrio, e ganhou sete vezes internacionalmente na categoria. Lucas começou a terapia com cavalos para ajudar na reabilitação motora. Já no segundo ano do tratamento, foi classificado para o paraenduro, categoria hípica que tem objetivo de testar a resistência do cavalo junto à habilidade do atleta. Em 2017, competiu internacionalmente, em Portugal, representando a primeira equipe brasileira na modalidade. E, há dois anos, iniciou no paradestramento. A coordenadora da equoterapia do RPMon, capitã Gisele Lopes, ressalta que o principal fator trabalhado durante as sessões é a independência. // SONORA GISELE LOPES //

Embora a terapia seja aliada de diferentes casos, a maioria do público atendido pela Polícia Militar montada faz parte do espectro autista, com 43%. Israel França Machado tem 17 anos e participa do projeto há cinco por conta do espectro autista e do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. A mãe, Sandra França, conta que na época o menino estava iniciando a conversação e a equoterapia foi de extrema importância nesse processo. // SONORA SANDRA FRANÇA //

O Regimento de Polícia Montada Coronel Dulcídio já atendeu mais de cinco mil pessoas desde a sua criação, em 1991. O tratamento tem duração média de dois anos, mas pode variar de acordo com o caso, e contempla pacientes a partir de três anos, sem idade máxima. Atualmente, o Regimento assiste 150 pessoas com relatórios mensais para acompanhar as necessidades e evoluções de cada paciente. O trabalho é todo feito por uma equipe composta por dez policiais militares, sendo três fisioterapeutas, uma educadora física, quatro equitadores e dois administradores. Além disso, a PM tem convênio com a universidade Unibrasil, que atua no projeto com uma fisioterapeuta, um equitador e dois estagiários de fisioterapia. (Repórter: Gustavo Vaz)