Tecpar coopera com estudo sobre transplante de válvulas cardíacas

28/11/2019
Ensaios tecnológicos desenvolvidos no Instituto de Tecnologia do Paraná, Tecpar, têm contribuído para o avanço de pesquisas científicas nas áreas de processamento e validação de válvulas cardíacas humanas descelularizadas. A descelularização é uma técnica que retira todas as células da válvula cardíaca do doador falecido, por meio de um tratamento químico. Recentemente, o instituto concluiu uma série de testes que embasaram parte do projeto sobre transplante de órgãos, do Núcleo de Enxertos Cardiovasculares da Agência PUC de Ciência, Tecnologia e Inovação. O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, disse que um dos pilares do instituto é contribuir para o desenvolvimento da ciência e tecnologia no Paraná, tendo como foco a inovação.// SONORA JORGE CALLADO.// Integrante do projeto “Estudo e Pesquisa sobre Doação, Captação e Transplante de Órgãos”, a farmacêutica bioquímica Luciana Nazareno Wollmann disse que o apoio do Tecpar foi fundamental para o desenvolvimento da tese de doutorado em Ciências da Saúde. A profissional, que trabalha no Banco de Tecidos Humanos da PUC-PR, informou que o objetivo da pesquisa foi avaliar alterações nas características de válvulas cardíacas humanas descelularizadas e armazenadas por períodos de seis, 12 e 18 meses.
Para chegar aos resultados, a farmacêutica contou com um trabalho integrado. Nos laboratórios do Centro de Tecnologia em Saúde e Meio Ambiente do Tecpar foram feitos os ensaios de citotoxicidade, que determina a toxicidade do material para uso em seres humanos. O Centro de Tecnologia de Materiais foi responsável pelos testes de resistência à tração de amostras provenientes destas válvulas cardíacas tratadas. As amostras de tecidos cardiovasculares descelularizados provenientes de doador falecido foram analisadas para verificar a possibilidade de uso destes tecidos por até 12 meses após preparo, com segurança ao paciente. Estes enxertos têm a finalidade de substituir válvulas cardíacas do próprio paciente, quando elas estão degeneradas e não podem ser tratadas por métodos cirúrgicos conservadores. (Repórter: Amanda Laynes)