Teatro José Maria Santos recebe “O Bom Crioulo”, que aborda racismo, homofobia e amor

02/04/2024
Um clássico polêmico da literatura nacional ganha sua primeira encenação teatral em Curitiba. “O Bom Crioulo” é inspirado no romance de mesmo nome, de Adolfo Caminha, e resgata a história que trata do amor entre dois marinheiros no século XIX, abrangendo temas como racismo, homofobia e diferenças sociais. A montagem fica em cartaz entre 10 e 28 de abril no Teatro José Maria Santos, com entrada gratuita. O texto original de Adolfo Caminha, ícone do movimento naturalista na literatura, aborda questões da época, e bem atuais, em um contexto conturbado. No Rio de Janeiro pós-abolição da escravatura, o protagonista Amaro se apaixona por um jovem branco, Aleixo, ambos marinheiros. Amaro tenta manter uma vida tradicional de homem casado, mas sofre com ciúmes, preconceito e violência. Os protagonistas ganham vida por meio dos atores Douglas Perez e Maicon Morais e da atriz Loara Gonçalves. A direção é de César de Almeida e Isidoro Diniz. O texto adaptado por Almeida captura as nuances do romance afetado por questões sociais históricas de seu tempo. Ele atua no cenário cultural curitibano desde os anos 1980, tendo dirigido mais de 60 espetáculos. “O Bom Crioulo” marca, ainda, os 45 anos de carreira do produtor e ativista Isidoro Diniz, outro nome que faz parte de um movimento de representação de grupos historicamente marginalizados na arte. Os ingressos devem ser retirados no Sympla a partir desta sexta-feira. As apresentações acontecem de terça a sábado, às 8 horas da noite, e domingo, às sete. O espetáculo é uma realização do Programa de Apoio de Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura de Curitiba. (Repórter: Gabriel Ramos)