Teatro Guaíra possui obras de Poty Lazzarotto escondidas em cortinas corta-fogo
20/09/2024
Usadas apenas em caso de extrema necessidade, as cortinas corta-fogo dos dois auditórios do Guaíra são inteiramente decoradas com pinturas do artista curitibano Poty Lazzarotto, que completaria 100 anos em 2024. Grande amante das artes cênicas e mais tarde frequentador assíduo do Guaíra, Poty foi convidado, na década de 1950, pelo então governador Bento Munhoz da Rocha Neto para fazer o painel que fica na fachada da casa de espetáculos. O diretor artístico do Centro Cultural Teatro Guaíra, Áldice Lopes, conta que, então, foi inaugurada em 1969, a obra “O Teatro no Mundo”, com dimensões de quatro metros de altura por 27 de largura. // SONORA ÁLDICE LOPES //
Mas o artista voltaria ao Guaíra nas décadas seguintes para deixar sua marca nas portas de aço que só são baixadas em caso de incêndios. Com nove metros de altura e 17 de largura, a ilustração da cortina corta-fogo do Guairão foi concluída em 1988, com o intuito de servir de cenário para apresentações da Orquestra Sinfônica do Paraná. Porém, por questões de segurança, continuou na retaguarda para ser baixada apenas para evitar que eventuais incêndios pudessem comprometer toda a estrutura do teatro. Ela retoma algumas cenas já retratadas no mural da Rua XV de Novembro, funcionando como um elo entre as próprias obras de Poty, que trazem elementos regionais, e a evolução das artes cênicas que ele já tinha retratado na fachada. Áldice Lopes explica que a obra foi executada pelo próprio Poty. // SONORA ÁLDICE LOPES //
Já o desenho na porta corta-fogo do Guairinha revela uma das crônicas mais divertidas do Teatro Guaíra. Os corpos artísticos do espaço produziram, em 1976, a ópera Aída, do italiano Giuseppe Verdi. Cerca de 400 pessoas dividiam o palco do Guairão com uma elefanta, um dromedário e um cavalo, que entravam em cena no espetáculo. A elefanta Mila foi uma atração à parte. Ela ficava em frente ao prédio do Guaíra e ajudou a despertar o interesse do público. Mas a produção resolveu colocá-la em um local seguro e o animal foi levado para o estacionamento do Círculo Militar, logo ao lado. Conta-se que, em uma noite, a elefanta sentou em cima de um Fiat 147, que ficou todo amassado com o peso do animal. (Repórter: Gustavo Vaz)
Mas o artista voltaria ao Guaíra nas décadas seguintes para deixar sua marca nas portas de aço que só são baixadas em caso de incêndios. Com nove metros de altura e 17 de largura, a ilustração da cortina corta-fogo do Guairão foi concluída em 1988, com o intuito de servir de cenário para apresentações da Orquestra Sinfônica do Paraná. Porém, por questões de segurança, continuou na retaguarda para ser baixada apenas para evitar que eventuais incêndios pudessem comprometer toda a estrutura do teatro. Ela retoma algumas cenas já retratadas no mural da Rua XV de Novembro, funcionando como um elo entre as próprias obras de Poty, que trazem elementos regionais, e a evolução das artes cênicas que ele já tinha retratado na fachada. Áldice Lopes explica que a obra foi executada pelo próprio Poty. // SONORA ÁLDICE LOPES //
Já o desenho na porta corta-fogo do Guairinha revela uma das crônicas mais divertidas do Teatro Guaíra. Os corpos artísticos do espaço produziram, em 1976, a ópera Aída, do italiano Giuseppe Verdi. Cerca de 400 pessoas dividiam o palco do Guairão com uma elefanta, um dromedário e um cavalo, que entravam em cena no espetáculo. A elefanta Mila foi uma atração à parte. Ela ficava em frente ao prédio do Guaíra e ajudou a despertar o interesse do público. Mas a produção resolveu colocá-la em um local seguro e o animal foi levado para o estacionamento do Círculo Militar, logo ao lado. Conta-se que, em uma noite, a elefanta sentou em cima de um Fiat 147, que ficou todo amassado com o peso do animal. (Repórter: Gustavo Vaz)