Startups paranaenses marcam combate ao coronavírus e transformação de empresas na pandemia

11/05/2021
A falta de testes para diagnóstico do novo coronavírus marcou o início da pandemia no Brasil, em março de 2020. Nesta data, a startup curitibana Hilab já estava nas fases finais de aprovação do novo produto: um teste rápido de Covid-19 que pode ser realizado em qualquer farmácia equipada pelo laboratório portátil fabricado pela empresa. O teste rapidamente se popularizou e, hoje, o equipamento permite dois diferentes tipos de teste para identificar o coronavírus, além de realizar outros 31 exames com resultados em até 30 minutos.
A história da Hilab começou há mais de uma década, em 2004, dentro do Intec, a Incubadora Tecnológica do Tecpar, Instituto de Tecnologia do Paraná, desenvolvendo oxímetros de pulso. Mesmo assim, foi o contexto de pandemia que criou um ambiente propício para que ela concretizasse a principal missão: democratizar a saúde. Isso se deu através de diversas parcerias que a empresa realizou para levar os testes cada vez mais longe, facilitando a testagem até os lugares de mais difícil acesso.
Atualmente, mais de mil cidades em todos os Estados do Brasil contam com o equipamento, o que faz com que 50% da população brasileira viva a menos de seis quilômetros de um Hilab. Foram mais de 2 milhões e 500 mil testes feitos em 2020, número que a empresa espera triplicar em 2021. Para isso, passou de 100 para 343 colaboradores em pouco mais de um ano, fomentando a geração de empregos no Paraná.
Marcus Figueredo, CEO da Hilab, explicou que os testes foram realizados em comunidades e idades variadas.//SONORA MARCUS FIGUEREDO//
A Hilab é uma das startups paranaenses que ganharam projeção nacional durante a pandemia. Segundo o último mapeamento do Sebrae/PR, publicado em fevereiro de 2021, o Estado concentra 1.434 startups em 87 cidades, sendo que duas delas, Ebanx e MadeiraMadeira, já atingiram o status de unicórnios, empresas cujo valor de mercado já ultrapassa 1 bilhão de dólares.
Henrique Domakoski, superintendente de Inovação do Estado, indica que os impactos econômicos e sociais de um ecossistema de inovação cada vez mais consolidado são imensuráveis. //SONORA HENRIQUE DOMAKOSKI//
As principais iniciativas passam por editais lançados por meio da Fundação Araucária, com apoio das Superintendências de Inovação e Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e têm o objetivo de apoiar os pequenos empreendedores em projetos que incorporem novas tecnologias.
Parte da iniciativa também passa pela internalização da inovação e o incentivo à mentalidade inovadora dos paranaenses. Além de todas as atualizações em gestão pública, com estímulo à desburocratização, protocolos virtuais e acesso a serviços básicos na palma da mão, cerca de 65 mil alunos da rede estadual terão aulas de programação neste ano.
O mapeamento de startups do Sebrae/PR mostra que entre 2019 e 2020 mais de 400 startups foram criadas no Estado, 39% a mais em relação ao estudo realizado antes da pandemia. (Repórter: Flávio Rehme)