Startup apoiada pelo Governo produz digitalmente próteses faciais e biomodelos

23/08/2024
Passar por um trauma facial ou mesmo por uma cirurgia em decorrência de um câncer de pele no rosto pode necessitar de extração parcial ou total do nariz, orelha ou olho. Situação que pode deixar sequelas estéticas e psicológicas, mas que podem ser minimizadas com o uso de próteses faciais de silicone. Com o objetivo de substituir um procedimento antes moroso e feito manualmente, empresas vêm investindo em inovação para agilizar essa situação. Este foi um dos motivos que contribuiu para que a startup Regenera fosse aprovada a participar do Programa Centelha, realizado com recursos da Fundação Araucária e da Finep, Financiadora de Estudos e Projetos, e que visa estimular a criação de empreendimentos inovadores. O trabalho da startup substitui alguns procedimentos manuais necessários quando o trabalho é feito por um protesista, por operações virtuais para casos de próteses nasais, auriculares e óculo-palpebrais tomando como base uma digitalização da face do paciente que possibilita esculpir o molde virtualmente, projetá-lo para silicone partindo desta geometria e fabricar a prótese usando impressão 3D. O engenheiro mecatrônico e um dos sócios da startup, Felipe Mateus Franco, destacou que o apoio estatal foi essencial para que a ideia fosse tirada do papel. // SONORA FELIPE MATEUS FRANCO //

A empresa presta serviços a hospitais e clínicas. Além da produção de próteses faciais, atua na impressão de biomodelos usados nos estudos de casos antes de procedimentos cirúrgicos. Felipe Franco afirma que a produção nacional ainda é muito pequena e muitas clínicas e profissionais precisam importar as peças. // SONORA FELIPE MATEUS FRANCO // 

A Regenera também produz mamas de silicone, usadas por mulheres que passaram por uma cirurgia de retirada da mama, principalmente, acometidas por câncer. A startup está instalada na incubadora de inovações da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em Curitiba. O Programa Centelha oferece capacitações, recursos financeiros e suporte para transformar ideias em negócios de sucesso. A iniciativa contou com o investimento da Fundação Araucária e da FINEP de quatro milhões e 600 mil reais. O número de empresas apoiadas deve passar de 70, com o valor de até 60 mil por projeto. (Repórter: Gustavo Vaz)