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O Hemepar é responsável pelo terceiro maior cadastro de doadores de medula do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais, e o primeiro da Região Sul. Os 575.498 voluntários cadastrados garantem ao Paraná uma posição de destaque para este tipo de doação, que pode ser feita em vida. Dentro do Setembro Verde, período de conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos, é celebrado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, tradicionalmente no terceiro sábado do mês. Em alusão à data, o Hemepar homenageia essas pessoas pelo ato de amor ao próximo. Os voluntários cadastrados se tornam possíveis doadores, que podem ajudar no tratamento de até 80 doenças, como leucemia, anemia e câncer em diferentes estágios e faixas etárias. Mas para essa ajuda existe um fator determinante: a compatibilidade. A probabilidade de encontrar alguém compatível pode chegar de um a cada 100 mil ou a cada um milhão de habitantes. Em função das características genéticas a chance de haver compatibilidade é de 30% entre irmãos, e é muito menor quando não existe nenhum grau de parentesco. Para ser um doador de medula é necessário ter entre 18 e 35 anos e não possuir histórico pessoal de doenças oncológicas, apresentar um documento de identidade e telefones para contato. O voluntário preenche uma ficha com dados pessoais e tem coletada uma amostra de sangue. Pessoas já cadastradas devem ficar atentas para o caso de serem convocadas. Se houver mudança de endereço ou de contato, é importante atualizar os dados em qualquer unidade do Hemepar ou no aplicativo do Redome, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea. O processo para a coleta é criterioso e envolve várias etapas para garantir a segurança e saúde do doador e do paciente. Os procedimentos duram cerca de quatro a cinco horas. São indolores, podendo ser feitos de duas formas definidas pelo médico assistente: em centro cirúrgico ou semelhante a uma doação de sangue. (Repórter: Gustavo Vaz)