Software que auxilia no controle de pragas da soja será expandido para o feijão

29/04/2021
Produtores paranaenses assistidos pelo IDR-Paraná, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Iapar-Emater, estão conseguindo reduzir o uso de inseticidas e fungicidas nas lavouras de soja com a adoção do Manejo Integrado de Pragas, o MIP e Manejo Integrado de Doenças, o MID. Estas duas práticas eliminam as aplicações preventivas de agrotóxicos e estabelecem parâmetros para que os produtos sejam usados apenas quando houver risco para as lavouras. Há dois anos esse trabalho ganhou um reforço tecnológico, um software que faz a gestão de informações e ajuda técnicos e produtores na tomada de decisão.
O projeto de MIP, desenvolvido pela Embrapa Soja e IDR-Paraná, vem demonstrando que é possível reduzir em até 50% as aplicações de inseticidas nas lavouras. Já quem adota o MID consegue diminuir em 35% o uso de fungicidas, mantendo-se a produtividade das lavouras.
Para fazer esse manejo, os técnicos e produtores acompanham a ocorrência de pragas e doenças nas áreas de plantio, semanalmente. Até pouco tempo atrás os dados sobre a situação das lavouras eram anotados em cadernetas ou, quando muito, no computador do técnico. Mas em 2017 os extensionistas do IDR-Paraná entraram em contato com professores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná para que desenvolvessem um software que reunisse esses dados. A ferramenta começou a ser usada em 2019 e nesta safra chegou a 230 agricultores, assistidos por 130 extensionistas do IDR-Paraná.
O professor Gabriel Costa Silva, que desenvolveu o software e coordena o trabalho pela Universidade, ressaltou que a ferramenta amplia a eficiência e eficácia do processo de coleta e análise de dados.
A intenção é que o software seja aperfeiçoado nos próximos anos, atendendo às necessidades de produtores e técnicos. //SONORA GABRIEL COSTA SILVA//
O resultado positivo da ferramenta levou o Senar, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, parceiro do projeto, a adotá-la nos cursos de MIP-Soja.
O professor Costa Silva, que desenvolveu o projeto, acredita que com as adaptações que estão sendo feitas, em breve o aplicativo poderá ser usado em qualquer cultura que adote o Manejo Integrado de Pragas ou de Doenças. (Repórter: Flávio Rehme)