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O Sistema de Agricultura do Paraná deu um impulso nesta quarta-feira às ações de combate à deriva de defensivos agrícolas em relação à sericicultura. Um evento online reuniu as entidades que formam o Sistema. São eles: Secretaria da Agricultura e Abastecimento, IDR-Paraná, Adapar, Ceasa, lideranças das principais entidades ligadas ao setor e produtores de seda para discussão de um plano de trabalho com ações integradas. Deriva é a denominação para o desvio das gotas durante a aplicação de produtos químicos, fazendo com que, pela força do vento, se espalhe em direções indesejáveis. As amoreiras que alimentam os bichos-da-seda são cultivadas em 4992 hectares e correm riscos devido ao desvio de gotas de produtos químicos aplicados em grandes culturas. Além da sericicultura, os reflexos mais sérios da deriva são observados nas cadeias da fruticultura, particularmente a uva, cultivos orgânicos e apicultura, em razão da coexistência no mesmo ambiente geográfico com culturas como cana-de-açúcar, mandioca, soja e milho. O diretor técnico da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Rubens Niederheitmann, falou sobre a responsabilidade dos técnicos e agricultores com a deriva.// RUBENS NIDERHEITMANN // O plano já começou a ser colocado em prática e consta, entre outras ações, da elaboração de uma minuta de portaria, em fase de conclusão; a criação de um aplicativo, que está em estudos, para georreferenciar todas as propriedades que desenvolvem a sericicultura ou que tenham plantação de amoreiras no Estado; além de um trabalho, também em andamento, de capacitação de técnicos e agricultores; e da inspeção dos pulverizadores agrícolas. Cristivon Ripol, coordenador regional noroeste do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater, falou sobre a falta de conhecimento sobre o uso da tecnologia de aplicação. // CRISTIVON RIPOL // O presidente do instituto, Natalino Avance de Souza, destacou que a resposta para o problema está sendo organizada com competência. // NATALINO SOUZA // A representante da Federação da Agricultura do Paraná, Elisangeles de Souza, falou que a ação integrada é muito importante. // ELISANGELES SOUZA // O presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Paraná, Marcos Brambilla, reforçou a posição. // MARCOS BRAMBILLA // A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná trabalha na elaboração de uma nova legislação para disciplinar a questão da aplicação de agrotóxicos. O presidente da instituição, Otamir Cesar Martins, falou que a solução está em discutir como dar sustentabilidade aos negócios do Paraná, e ter a sociedade, representada pelos produtores. // OTAMIR MARTINS // O analista de desenvolvimento técnico da Ocepar, Maiko Zanella, garantiu o apoio. // MAIKO ZANELLA // A presidente da Associação Brasileira da Seda, Renata Amano, salientou que neste primeiro semestre já foram desenvolvidas diversas ações e que os bons resultados apareceram. // RENATA AMANO // Em 2019, a sericicultura foi responsável por um Valor Bruto de Produção de 53 milhões de reais no Paraná, impactando particularmente a economia de 165 municípios, com uma atividade que garante renda por nove meses ao ano. E o Paraná é responsável por 83% do volume produzido pelo Brasil. (Repórter: Sérgio Aguiar)