Simepar estuda impacto dos gases de efeito estufa no Paraná até 2100

14/03/2025
Pesquisadores do Simepar, em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Sustentável, desenvolveram o Programa Paranaense de Mudanças Climáticas para avaliar a emissão e o impacto dos gases de efeito estufa no Paraná. O levantamento começou em 2016 e terminou em 2023, trazendo projeções até 2100 e reforçando o planejamento sustentável do Estado, que foi eleito o mais sustentável do País nos últimos quatro anos pelo Ranking de Competitividade dos Estados. O estudo analisou registros da Defesa Civil para identificar a vulnerabilidade dos municípios a desastres naturais. Em um cenário de baixas emissões radiativas, entre 2031 e 2060, municípios como Santa Isabel do Ivaí, Planaltina do Paraná, Nova Londrina, Cafezal do Sul, Francisco Alves e Nova Santa Bárbara são os mais suscetíveis a tempestades que podem causar enchentes, deslizamentos e alagamentos. Se as emissões aumentarem, o risco de fortes chuvas passa de baixo para médio ou alto em grande parte do Estado. Entre 2061 e 2090, todas as cidades do Paraná podem apresentar algum nível de vulnerabilidade. Em relação às secas, no cenário de baixas emissões, os municípios mais vulneráveis entre 2031 e 2060 são Laranjal e Nova Santa Bárbara. Com o aumento das emissões, entram na lista Santa Cecília do Pavão, Santa Mariana, Bela Vista do Paraíso, Cruzeiro do Sul, Guairacá, Rosário do Ivaí, Ivaiporã e Iretama. Na projeção de 2061 a 2090, toda a região pode ter vulnerabilidade média ou alta para secas, como explica o pesquisador do Simepar e membro da Organização Meteorológica Mundial, Reinaldo Silveira. // SONORA REINALDO SILVEIRA //

De acordo com ele, as informações do Paranaclima são úteis para a população compreender o que são as mudanças climáticas e quais seus impactos, e também servem para decisões importantes para mitigar as emissões de gases. // SONORA REINALDO SILVEIRA //

Prefeituras, por exemplo, podem criar parques urbanos com preservação de matas para melhoria da qualidade do ar e para aumentar a área de agregação de CO2. As projeções apontadas nos levantamentos feitos sobre mudanças climáticas envolvem muitos fatores e consequências. O aumento de temperatura causa aumento no acúmulo de vetores para doenças como dengue e chikungunya, mas o calor não é o único problema. O frio extremo e a poluição também são impactos do efeito estufa que aumentam as doenças respiratórias. (Repórter: Gabriel Ramos)