Semana Cultural Indígena Guarani deve reunir quase 5 mil pessoas em Diamante D’Oeste

14/04/2025
Diamante D’Oeste, na região metropolitana de Toledo, será o epicentro da cultura indígena paranaense nos próximos dias. Desde esta segunda-feira, a cidade recebe a Semana Cultural Indígena Guarani, que chega à 19ª edição. A programação segue até esta quarta e deve reunir quase cinco mil pessoas na Escola Estadual Indígena Araju Porã. As atrações programadas incluem apresentações culturais, danças, exposições, vendas de artesanato e trilha na natureza. O evento é aberto a toda a sociedade. Para agendar visitas em grupo, escolas e universidades devem preencher um formulário on-line. A Semana Cultural ocorre em celebração ao Dia dos Povos Indígenas, comemorado no próximo sábado. Conforme  o professor Teodoro Tupã Alves, o principal objetivo é fortalecer e valorizar a tradição dos povos Guarani. // SONORA TEODORO TUPÃ //

A Escola Estadual Indígena Araju Porã organiza a atual edição da Semana em parceria com o Colégio Estadual Indígena Kuaa Mbo’e e associações comunitárias indígenas. Apoiam a iniciativa a Secretaria de Estado da Educação, o Núcleo Regional de Toledo, o governo federal, a Prefeitura de Diamante D’Oeste e a Itaipu Binacional. A Semana Cultural acontece anualmente desde 2006. Responsáveis pela criação do evento, as duas escolas estaduais indígenas se alternam como sede das edições. Desde a primeira realização, a iniciativa ganhou visibilidade e se tornou uma das principais atrações culturais da região. Conforme os organizadores, a Semana Cultural é, hoje, o evento que mais atrai pessoas de outros municípios para Diamante D’Oeste. Mauro Dietrich, diretor da Escola Estadual Indígena Araju Porã, que reúne cerca de 80 alunos de Educação Infantil e Ensino Fundamental, afirma que o evento faz com que o indígena fale de si próprio, ao contrário do que ocorre muitas vezes. // SONORA MAURO DIETRICH //

Em 2024, os três dias de programação reuniram quase quatro mil visitantes. A rede estadual de ensino do Paraná conta com 40 escolas indígenas que atendem a cerca de 5.500 estudantes das etnias Kaingang, Guarani, Xokleng e Xetá. As instituições de ensino têm normas, pedagogia e funcionamento próprios, respeitando a especificidade étnico-cultural de cada comunidade. Os estudantes têm direito a ensino intercultural e bilíngue, com aulas da língua indígena e de língua portuguesa. (Repórter: Gustavo Vaz)