Sem custódia de presos, Polícia Civil do Paraná aumenta em 463% número de operações

06/11/2024
Em janeiro de 2019, a Polícia Civil do Paraná detinha quase 12 mil presos sob custódia da corporação, o maior contingente do Brasil. A solução dessa situação, que causava distorções graves na estrutura da segurança pública, era uma das principais demandas da sociedade naquele momento. Com o tempo, a gestão que assumiu naquele mês intensificou a retirada dos presos das delegacias, chegando em 2024 com a situação totalmente conduzida, novos presídios entregues e o mais importante: policiais civis dedicados à função constitucional. O principal resultado prático dessa ação é que o Paraná deixou a última posição no ranking nacional de solução de homicídios e alcançou a primeira posição em 2020, segundo pesquisa do Instituto Sou da Paz. A medida também permitiu que o número de operações contra o crime organizado aumentasse 144% já em 2019, e na comparação com 2023, o crescimento é ainda mais expressivo, de 463%. Com o fim da custódia de presos, os policiais civis também passaram a se dedicar exclusivamente às atividades de polícia judiciária, especialmente às investigações e ações de repressão qualificada, o que aumentou os índices de solução de crimes complexos. Essa medida se somou a outras iniciativas como contratação de novos policiais civis, reformulação da carreira e construção ou reforma de novas delegacias. Em 2018, antes do fim da custódia de presos pela Polícia Civil, o Paraná apresentava o pior percentual de resolução de homicídios do Brasil, com 12%, segundo o relatório “Onde Mora a Impunidade”. No ano seguinte, com a intensificação promovida pelo governo estadual, o percentual saltou para 49%, ultrapassando a média nacional que era de 35% e colocando o Estado na sétima posição. Em 2020, o percentual de crimes violentos letais resolvidos aumentou para 78% e se manteve muito perto em 2021, com 76%. Esses indicadores foram classificados pela pesquisa como de alto desempenho, posicionando o Paraná no primeiro lugar do ranking nacional de resolução de homicídios, de forma consecutiva. Todos os dados estão no site da Agência Estadual de Notícias, o aen.pr.gov.br. (Repórter: Victor Luís)