Segundo dia da Conferência Estadual de Saúde do Paraná, em Curitiba, destaca a defesa do SUS
12/06/2019
Durante a palestra principal do segundo dia da 12ª Conferência Estadual de Saúde do Paraná, nesta quarta-feira, o médico especialista em reforma sanitária Nelson Rodrigues dos Santos afirmou que o SUS precisa urgentemente da mobilização da sociedade para avançar e recuperar as conquistas que obteve ao ser criado, 31 anos atrás. O evento começou na terça e segue até esta quinta-feira, em Curitiba, com a participação de cerca de mil e 200 delegados que representam os usuários, profissionais, prestadores de serviços e gestores de Saúde do Paraná. Os participantes discutem os problemas e as estratégias que devem guiar as políticas públicas, debatidas nas conferências municipais realizadas no começo do ano. Depois de aprovadas, as propostas serão levadas para a Conferência Nacional, que acontece entre 2 e 5 de julho, em Brasília. Com foco em “Democracia e Saúde: Saúde como Direito”, o encontro discutiu a “Consolidação e Financiamento do SUS”. Santos foi um dos líderes do movimento que resultou na criação do SUS e inseriu a universalização da assistência em saúde na Constituição de 1988. Ele criticou as perdas que o SUS enfrenta desde que foi criado.// SONORA NELSON RODRIGUES.//
De acordo com o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, a Emenda Constitucional 95, que limita os gastos do governo federal para todas as áreas sociais, só veio piorar uma situação do SUS, que já enfrentava sérios problemas de financiamento. Beto Preto ainda salientou que a atual administração está trabalhando com um orçamento elaborado no ano passado, portanto, na gestão anterior, e que não permite alterações. De acordo com ele, a maior preocupação desta administração é que não haja interrupção de obras nem de programas. Ao mesmo tempo, ele defendeu a criação de instrumentos efetivos para medir tanto as transferências financeiras feitas aos parceiros como também o uso dos recursos pelos consórcios de saúde, além de um modelo de gestão mais enxuto, mais eficiente e mais transparente, que dê ênfase à regionalização. A prioridade, explicou, é aproximar o SUS das pessoas.
O Sistema Único de Saúde foi defendido com veemência pelos participantes da conferência. De fato, o SUS mudou o tratamento da Saúde Pública e inverteu o modelo de atendimento. Antes, a prioridade era do investimento em alta complexidade. Porém, a partir da implementação do Sistema, houve maior atenção ao atendimento nas unidades básicas, que na prática resolvem 90% das necessidades da saúde para 90% da população. (Repórter: Wyllian Soppa)
De acordo com o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, a Emenda Constitucional 95, que limita os gastos do governo federal para todas as áreas sociais, só veio piorar uma situação do SUS, que já enfrentava sérios problemas de financiamento. Beto Preto ainda salientou que a atual administração está trabalhando com um orçamento elaborado no ano passado, portanto, na gestão anterior, e que não permite alterações. De acordo com ele, a maior preocupação desta administração é que não haja interrupção de obras nem de programas. Ao mesmo tempo, ele defendeu a criação de instrumentos efetivos para medir tanto as transferências financeiras feitas aos parceiros como também o uso dos recursos pelos consórcios de saúde, além de um modelo de gestão mais enxuto, mais eficiente e mais transparente, que dê ênfase à regionalização. A prioridade, explicou, é aproximar o SUS das pessoas.
O Sistema Único de Saúde foi defendido com veemência pelos participantes da conferência. De fato, o SUS mudou o tratamento da Saúde Pública e inverteu o modelo de atendimento. Antes, a prioridade era do investimento em alta complexidade. Porém, a partir da implementação do Sistema, houve maior atenção ao atendimento nas unidades básicas, que na prática resolvem 90% das necessidades da saúde para 90% da população. (Repórter: Wyllian Soppa)