Segunda ponte de Foz do Iguaçu tem ritmo intenso de obras

19/06/2020
Uma descida até o Paraguai ou uma subida até o Brasil poderão ser falas comuns em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, a partir de 2022, quando a segunda ponte entre os dois países estiver em pleno funcionamento. A brincadeira faz referência a uma diferença de mais dez metros de altura entre as cabeceiras das duas pistas, mas essa sensação será praticamente imperceptível ao percorrer a distância de 760 metros da ponte, que será um novo marco arquitetônico e logístico do Paraná. O Governo do Estado é gestor da obra. Os trabalhos alcançaram 22% na primeira semana de junho e envolvem mais de 350 funcionários. O ritmo está bem acelerado na margem brasileira do Rio Paraná, com estruturas bem visíveis, mas questões aduaneiras atrasaram as obras no Paraguai, que ainda estão na fase de terraplanagem e construção do dique de contenção contra eventual cheia. Essa diferença de cerca de seis meses deve ser recuperada ainda este ano. O governador Carlos Massa Ratinho Junior reforçou que a obra integra o planejamento de ampliar a capacidade logística e o turismo. Segundo ele, a obra da ponte é um marco histórico. // SONORA RATINHO JUNIOR //
A ponte está sendo construída nas proximidades do Marco das Três Fronteiras, ligando Foz do Iguaçu à cidade paraguaia de Presidente Franco. Batizada de Ponte da Integração Brasil-Paraguai, a segunda ponte internacional sobre o Rio Paraná custará cerca de 323 milhões de reais. A Itaipu injetou mais 140 milhões nas obras da Perimetral Leste, que ligará a nova estrutura à BR-277. O secretário da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, enfatiza que a ponte é a maior obra do Estado e um desafio logístico internacional. // SONORA SANDRO ALEX //
A segunda ponte internacional sobre o Rio Paraná e a nova perimetral até a BR-277, que acompanha a obra, terão investimentos de 463 milhões de reais da Itaipu Binacional. Segundo o diretor-geral brasileiro da usina, Joaquim Silva e Luna, a obra faz parte da missão da Itaipu de impulsionar o desenvolvimento econômico, turístico, tecnológico, sustentável no Brasil e no Paraguai. // SONORA JOAQUIM SILVA E LUNA //
A nova ponte terá 760 metros de comprimento e vão-livre de 470 metros, o maior da América Latina. Serão duas pistas simples, acostamento e calçada nas laterais. A previsão é que a obra seja entregue em três anos. Ela será maior que a Ponte Internacional da Amizade e está localizada cerca de 10 quilômetros abaixo dela, em direção ao Rio Iguaçu. O projeto foi criado originalmente por uma comissão mista entre os dois países em 1992, mas foi deixado de lado com o decorrer dos anos por falta de dinheiro ou interesse diplomático. Também houve problemas ambientais no início da execução, em 2014, e a obra foi paralisada. Quando houve avanços nas questões legais não havia recursos, por isso, a entrada da Itaipu Binacional nessa estratégia foi fundamental, resolvendo as pendências. No lado brasileiro, uma das duas principais torres terá 190 metros, o tamanho de um prédio de 50 andares. Outro detalhe positivo da nova ponte é o aumento da integração entre o Brasil e o Paraguai. A média da balança comercial entre os dois países é de cerca de 4 bilhões e 500 milhões de dólares nos últimos cinco anos e 90% desse comércio passa pela Ponte da Amizade. Mais informações estão na página xoops.celepar.parana/migracao/secs_aenoticias. (Repórter: Rodrigo Arend)