Segunda operação remota do IAT aplica R$ 16,4 milhões em multas por desmatamento ilegal

30/07/2024
O IAT, Instituto Água e Terra, divulgou o balanço da segunda operação de combate ao desmatamento ilegal, realizada entre 21 e 28 de julho. A operação resultou em 252 Autos de Infração Ambiental em 43 municípios, com multas totalizando 16 milhões e 400 mil reais, quase três vezes mais que a primeira operação remota em abril. A área de desmatamento identificada aumentou 113%, atingindo mil 497 hectares. As principais infrações ocorreram em Rio Bonito do Iguaçu, totalizando mais de 4 milhões de reais em multas para um único infrator. O valor das multas é destinado ao Fundo Estadual do Meio Ambiente para financiar projetos de conservação e recuperação ambiental. Álvaro Cesar de Goes, Gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, explicou que a operação usou imagens de satélite e dados do Cadastro Ambiental Rural para identificar os responsáveis. Ele explica que as infrações incluíram corte de floresta nativa e uso de fogo sem licenciamento ambiental, aumentando as multas aplicadas. // SONORA ALVARO GOES //

A fiscalização remota do IAT encontrou irregularidades em 43 municípios de nove regionais. Os núcleos de Francisco Beltrão e Guarapuava lideraram com 13 municípios, seguido por Pato Branco, Curitiba, Pitanga, Irati, Litoral e Ponta Grossa. O uso de tecnologia é fundamental na fiscalização do desmatamento ilegal da Mata Atlântica no Paraná. De acordo com o Relatório Anual do Desmatamento no Brasil, da Plataforma MapBiomas, houve uma queda de 70,7% no desmatamento em 2023. Sistemas tecnológicos permitem verificar o licenciamento de imóveis e sua sobreposição com Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. O Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação do IAT utiliza análises de imagens de satélite para enviar relatórios técnicos às regionais do Instituto. Com o Programa Brasil MAIS, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o IAT acessa imagens diárias de satélite e analisa alertas de mudanças no uso do solo. Um termo de adesão com a Polícia Federal permite ao Instituto usar dados de alta resolução para identificar áreas menores que um hectare quase em tempo real. Essa tecnologia permite que policiais e fiscais ajam rapidamente para impedir o desmatamento enquanto ele ainda está ocorrendo. Mais informações sobre estão disponíveis no site da Agência Estadual de Notícias, o www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Gabriel Ramos)