Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, se reúne com especialistas para debater enfrentamento da Covid-19

17/07/2020
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, e a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da secretaria, Acácia Nasr, participaram de reunião com médicos especialistas nesta sexta-feira. Este foi mais um dos frequentes encontros em que são apresentados estudos, considerações, sugestões e discutidas informações que norteiam as decisões da secretaria estadual. Beto Preto ouviu as opiniões sobre medicamentos, gestão dos leitos, situação das unidades hospitalares, assim como as preocupações dos médicos que atuam nos hospitais da capital paranaense e que são referência nas áreas de infectologia, medicina intensiva, epidemiologia, pediatria em hospitais que atuam com pacientes do SUS e particulares. Ele destacou que as preocupações de todos são as mesmas, e que a capacidade de investimentos não é ilimitada.// SONORA BETO PRETO.//

O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clóvis Arns da Cunha, alertou sobre o uso de medicamentos que não tenham evidência científica comprovada, como é o caso da hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina. Ele sugeriu ao Governo investimentos para auxiliar na melhor condução da saúde, em estruturas permanentes e não em medicamentos sem eficiência comprovada. Segundo ele, não se pode investir dinheiro público em algo sem comprovação, baseado em opiniões apenas. Clóvis ainda recomendou que medicamentos como a ivermectina sejam usados apenas nas indicações já estabelecidas anteriormente. Mirella Oliveira, coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva do Complexo Hospitalar do Trabalhador e integrante da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, falou sobre a qualificação necessária dos profissionais para atuação em unidades de terapia intensiva. Segundo ela, esse recurso humano é escasso e está esgotado, não somente dos médicos, mas também das outras profissões que compõem a equipe multiprofissional. O grupo também debateu o uso de medicamentos analgésicos e a forma como estão sendo aplicadas as doses de tais substâncias; a falta de profissionais devido ao afastamento pela Covid-19; a falta de profissionais com treinamento adequado para atuar em leitos exclusivos; condição severa em que os pacientes têm chegado aos serviços nas unidades hospitalares; crescimento do período de permanência dos pacientes internados. O cuidado individual foi citado pelo secretário Beto Preto como forma de evitar o colapso do sistema hospitalar.// SONORA BETO PRETO.//

A manutenção do isolamento e do distanciamento impacta no dia a dia dos trabalhadores que atuam nos hospitais. O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia ressaltou que as autoridades de saúde entendem que a população não está mais suportando ficar em quarentena, mas que a situação é ainda mais difícil para os médicos, que estão tendo que trabalhar de 14 a 16 horas por dia com alto nível de stress em função de toda essa situação. Outros detalhes podem ser conferidos em coronavirus.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)