Secretário da Agricultura do Paraná comenta Plano Safra 2021/22 e destaca aumento de crédito

22/06/2021
O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, comentou o Plano Safra 2021/22, divulgado pelo Governo Federal nesta terça-feira. Pelo Plano serão destinados 251 bilhões e 200 milhões de reais para apoiar a produção agropecuária. O volume é 6,3% superior ao disponível para a safra 2020/21, que se encerra no final deste mês. As contratações desses novos financiamentos poderão ser realizadas já a partir de 1.º de julho, com prazo seguindo até 30 de junho de 2022. Para o secretário, o Plano Safra reflete bem a realidade atual do país.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

Do montante total, 177 bilhões e 780 milhões de reais serão destinados ao custeio e comercialização, enquanto 73 bilhões e 400 milhões serão para investimentos. No ciclo anterior, o volume de investimentos foi de 56 bilhões e 920 milhões de reais. Além disso, 165 bilhões e 200 milhões do volume ofertado são a juros controlados, volume 7% superior ao da safra 2020/21. Para o secretário Ortigara, é preciso reconhecer o crescimento importante dos recursos disponibilizados para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o Pronaf, da ordem de 19%, totalizando 39 bilhões e 300 mil reais. Desse volume, 21 bilhões e 740 milhões são para custeio e comercialização, enquanto 17 bilhões e 600 milhões destinam-se a investimentos. Para esse segmento, a taxa de juros subiu de 2,75% a 4% para 3% a 4,5%. Os produtores do Pronamp, Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural, tiveram um aumento de 3% em relação ao volume de recursos da safra 2020/21. Para o novo ciclo, o valor é de 34 bilhões de reais, dos quais 29 bilhões e 180 milhões para custeio e comercialização, e quatro bilhões e 880 milhões para investimento, com juros de até 6,5%. No caso dos demais produtores e cooperativas, houve aumento de 1,5 ponto porcentual na taxa de juros, situando-se agora em 7,5%. A eles, o Plano Safra destinou 126 bilhões e 860 milhões de reais para custeio e comercialização. Ortigara comentou a evolução nos juros ofertados.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

Entre as novidades do Plano Safra deste ano está o fortalecimento do Pronaf Bioeconomia, com a inclusão de financiamento para sistemas agroflorestais, construção de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes, e projetos de turismo rural que agreguem valor a produtos e serviços da sociobiodiversidade, conforme destacou o secretário.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

O Ministério da Agricultura também destinará um bilhão de reais para subvencionar a contratação de apólices de seguro rural em todo o País em 2022. De acordo com o órgão, em 2021, dos um bilhão e 300 milhões anunciados, o efetivamente disponível ficou em 948 milhões e 100 mil reais. Estima-se que, para o próximo ano, seja possível contratar aproximadamente 158 mil e 500 apólices, com proteção de 10 milhões e 700 mil hectares e valor segurado de 55 bilhões e 400 milhões de reais. Os recursos para a construção de armazéns nas propriedades tiveram acréscimo de 84%, com a destinação de quatro bilhões e 120 milhões de reais. Em financiamentos de armazéns com capacidade de até 6 mil toneladas, a taxa de juros é de 5,5%, e para capacidade maior chega a 7%. A carência é de três anos. O Plano Safra 2021/22 prevê, ainda, recursos para o custeio de milho, sorgo e para a atividade de avicultura, suinocultura, piscicultura, pecuária leiteira e bovinocultura de corte em regime de confinamento. Estão disponíveis um milhão e 750 milhões de reais para os produtores do Pronamp, e quatro milhões para os demais. O governo federal anunciou, também, que o Zarc, Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático, terá a inclusão de novos estudos para 12 culturas, além de mudanças estruturais na metodologia com a inclusão de seis classes de armazenamento hídrico para os solos e de níveis de manejo, bem como a implementação do zoneamento de produtividade. (Repórter: Wyllian Soppa)