Secretário Norberto Ortigara destaca que o Paraná vai alcançar novo patamar na cadeia de carnes com reconhecimento sanitário

11/03/2021
O Paraná recebeu nesta semana o parecer favorável do comitê técnico da Organização Mundial de Saúde Animal e deu mais um passo para o reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação, que acontecerá em maio. Essa foi a penúltima etapa de um processo de controle sanitário iniciado há 50 anos e que permitirá um salto na produção e comercialização da cadeia de carnes. O último foco de aftosa no Paraná foi em 2006 e desde então o Governo do Estado trabalha para aumentar o controle sanitário. A vacinação nos rebanhos de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa foi interrompida em 31 de outubro de 2019 e deu lugar a um amplo trabalho de cadastramento. O reconhecimento nacional como Área Livre pelo Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento aconteceu em agosto de 2020. Nos últimos anos também foi realizado um extenso inquérito epidemiológico com coletas de amostras do sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades rurais, provando que o vírus já não circula no Paraná. Também há um esforço redobrado de vigilância nos 33 postos da Adapar, nas barreiras comuns com Santa Catarina e nas zonas de fronteira com Paraguai e Argentina. Esse trabalho se confunde com a própria trajetória de vida do secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. Ele explica que o Paraná se organiza para esse momento há mais de 50 anos.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

A última etapa, de acordo com o secretário, acontecerá no dia 27 de maio com o reconhecimento desse pleito já aprovado tecnicamente. No dia 27 o Estado deverá receber o selo de Área Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação. Ortigara acrescentou que, com isso, o Paraná poderá exercitar a competência comercial porque terá volume, escala, preço competitivo, e poderá enfim conquistar fatias crescentes do mercado internacional.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

Ortigara ainda disse que a chance de entrar em outros mercados será imensa. Ele desta que em dez anos o Paraná poderá saltar de 29 milhões de toneladas de proteínas animais produzidas por ano, fora o leite, que tem um papel importante por conta dos derivados a partir dele, para 35 milhões de toneladas.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

O secretário também ressaltou que osso pleito foi de isolar o Paraná, que antes integrava um bloco de 14 estados, e passará a ser um bloco independente. Isso isola o Paraná de problemas que possam acontecer nas divisas com outros estados integrantes, no Norte e parte do Nordeste, que não são livres da doença. (Repórter: Sérgio Aguiar)