Secretaria de Justiça institui grupo para discutir proteção da criança e políticas contra tortura
15/07/2021
A Sejuf, Secretaria estadual de Justiça, Família e Trabalho, instituiu, nesta quinta-feira, o grupo de trabalho “Caso Evandro: apontamentos para o futuro”, com o objetivo de propor novas políticas públicas a partir da investigação policial do caso, nos anos 90. Com duração de 60 dias, o grupo se reúne ao menos uma vez por semana.Além do Governo do Estado, ele é integrado por diferentes instituições e Poderes. As ações são coordenadas pela chefe do Departamento de Políticas para Criança e Adolescente e do Departamento de Promoção e Defesa dos Direitos Fundamentais e Cidadania da Sejuf, Angela Mendonça. O secretário Ney Leprevost disse que, apesar da pasta não ter poder de investigação, ela pode aprender com os erros para a preservação dos direitos humanos. // SONORA NEY LEPREVOST // A proposta do grupo é atuar em três frentes de trabalho. A primeira é relativa à tortura, certificando que a prática não seja tolerada em nenhuma situação, de acordo com a Constituição e os tratados internacionais. A segunda trata das políticas de infância, através da pauta das crianças desaparecidas. A última visa garantir apoio às famílias. Ao longo dos próximos 60 dias, o grupo convida especialistas para analisar possíveis melhorias nesses tópicos. Ao final do período, é criado um relatório compilando essas sugestões, o que pode dar origem a novas políticas públicas no Paraná. O caso voltou à pauta estadual por conta do lançamento da série investigativa Caso Evandro, que retoma a história do desaparecimento da criança e das investigações ocorridas a partir de 1992. O documentário foi lançado em maio e apresenta elementos inéditos para a história, o que trouxe à tona a discussão sobre tortura e erros processuais. Evandro Ramos Caetano desapareceu em abril de 92 em Guaratuba, no Litoral. (Repórter: Gustavo Vaz)