Secretaria da Saúde do Paraná vai certificar municípios para a eliminação da sífilis

16/10/2019
A Secretaria da Saúde do Paraná lançou, nesta quarta-feira, a Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis Congênita para os municípios que atingirem os critérios e os indicadores estabelecidos mundialmente. A transmissão vertical da sífilis congênita acontece durante a gestação, quando a mãe, já infectada em uma relação sexual, passa a bactéria para o filho. O anúncio da certificação foi feito durante o Seminário de Mobilização para Enfrentamento da Sífilis, promovido pela Secretaria da Saúde e pela 2ª Regional de Saúde da Região Metropolitana, em Curitiba, com a participação de profissionais que atuam nas áreas da Vigilância e da Atenção Primária. Representantes das 22 Regionais de Saúde do Estado também participaram do evento por videoconferência. Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Nasr, o objetivo é incentivar e aprimorar os processos para a eliminação da sífilis congênita que, apesar de ser uma doença milenar, ainda é a segunda principal causa de morte fetal evitável em todo o mundo.// SONORA ACÁCIA NASR//A taxa da doença em gestante e a incidência congênita no Paraná aumentou nos últimos anos, chegando a 5,8 para cada 1.000 nascidos vivos, no ano passado. Para conquistarem a certificação, os municípios devem comprovar ações de prevenção, qualificação e atenção ao pré-natal, tratamento das gestantes e parcerias sexuais, profilaxia das crianças expostas e a promoção da saúde sexual e reprodutiva. Devem, principalmente, atingir o patamar indicado como aceitável na taxa de incidência de sífilis em crianças menores de 1 ano, que é de 0,5 caso para cada 1.000 nascidos vivos, nos três últimos anos de monitoramento. Segundo a médica Acácia Nasr, muitas são as causas para o aumento dos casos as sífilis congênita, como a desinformação sobre o assunto.// SONORA ACÁCIA NASR//A orientação é que a grávida faça pelo menos 6 consultas no pré-natal e 1 teste para detectar sífilis por trimestre no período gestacional e no parto. As complicações da sífilis congênita são aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto, além de surdez, cegueira, deficiência mental ou morte do bebê ao nascimento. (Repórter: Priscila Paganotto)