Secretaria da Saúde do Paraná realiza coleta e pesquisa de amostras do mosquito transmissor da febre amarela

13/02/2019
Duas equipes de entomologistas da Secretaria de Estado da Saúde estão coletando mosquitos em áreas de mata e nas periferias de cidades de todo o Litoral do Paraná, incluindo a região onde foram encontrados os macacos mortos pela febre amarela, em Antonina. O objetivo, de acordo com o entomologista Allan Martins da Silva, do Lacen, o Laboratório Central do Estado, é identificar as espécies silvestres do mosquito que estão na região, e quais são as transmissoras, para tomar medidas de prevenção e controle. Também será feito um mapeamento da localização dos mosquitos e como se movimentam, para monitorar a eventual aproximação deles das zonas urbanas. Os macacos, quando aparecem mortos ou doentes, servem como sentinelas da presença do vírus da febre amarela silvestre. Os profissionais enviados ao Litoral vieram de Porto Rico, no Noroeste do Paraná, e de Maringá, no Norte, e são coordenados por entomologistas do Lacen de Curitiba. Eles trabalham com diversas técnicas de coleta, nas copas das árvores e no solo. Os mosquitos coletados serão identificados, separados em lotes e acondicionados em nitrogênio para envio ao laboratório da Fiocruz no Paraná. No Brasil, o último caso de febre amarela em área urbana é de 1942. Por enquanto, as ações são todas de vigilância preventiva já que, desde então, o risco reside apenas nas áreas silvestres. Neste ano, até o momento, foram confirmados três casos da doença em humanos no Paraná, em Antonina e em Adrianópolis. Antes disso, o último caso de febre amarela contraída no próprio estado havia sido em 2005 e, desde então, vinham sendo registrados apenas casos importados de outros Estados brasileiros. (Repórter: Wyllian Soppa)