Secretaria da Agricultura alerta que prazo para colheita da soja termina neste sábado no Paraná

14/05/2021
A secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento alerta os produtores que neste sábado, dia 15 de maio, termina o prazo para a colheita ou dessecação da soja no Paraná. O objetivo é preparar as áreas de cultivo para o vazio sanitário, período no qual é proibido semear ou manter plantas vivas de soja no campo.
O vazio sanitário visa reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática, considerada a principal doença da soja, devido à rapidez com que se dissemina nas plantas e o potencial destrutivo. A medida busca evitar a possibilidade de ocorrência da doença durante a safra.
No Paraná, o vazio sanitário acontece no período de 10 de junho a 10 de setembro. O dia 9 de junho é o prazo final para a eliminação de plantas vivas nas propriedades rurais.
As determinações e prazos estão previstos na Portaria 342 de 2019, da Adapar, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná e o cumprimento é obrigatório. Os produtores rurais que não cumprirem as recomendações estão sujeitos à aplicação de multas e, em casos mais graves, interdição da propriedade.
Além do vazio sanitário, as estratégias de manejo da doença incluem a utilização de cultivares precoces e a semeadura no início da época recomendada, para que o fungo não ataque plantas muito jovens e a doença se desenvolva com mais severidade; o uso de cultivares com genes de resistência e de fungicidas.
Há três safras, os sojicultores paranaenses contam com o serviço Alerta Ferrugem, do IDR-Paraná, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater, que monitora a ocorrência dos primeiros esporos de ferrugem asiática nas lavouras de soja. O Alerta Ferrugem fornece informações que auxiliam na decisão sobre o melhor momento para a aplicação de fungicidas, que não seja de forma precoce, que leva ao desperdício de produto, ou tardia, comprometendo a produtividade.
Com isso, o uso de agroquímicos obedece a critérios estritamente técnicos, levando em consideração três fatores: lavouras no período de florescimento, presença de esporos na região e ambiente favorável para o desenvolvimento da doença.
O clima úmido e temperaturas amenas favorecem o desenvolvimento do fungo da ferrugem asiática, que se propaga facilmente pelo vento e pode incidir em qualquer estágio da cultura. Dependendo da intensidade e severidade da doença, os danos podem causar perdas de produtividade de até 90%.
De acordo com dados do Consórcio Antiferrugem, a doença possui um custo médio de 2 bilhões e 800 milhões de dólares por safra no Brasil, incluindo métodos de controle e prejuízos com perdas. O Paraná é um dos Estados que mais sofrem com a ferrugem asiática no País. No ciclo 2020/21 foram registradas 100 ocorrências da doença em planta, atrás apenas do Rio Grande do Sul, com 138. (Repórter: Flávio Rehme)