Saúde alerta para importância da vacinação contra a pólio para evitar retorno da doença

24/10/2023
O Brasil não registra novos casos de poliomielite, conhecida também como paralisia infantil, desde 1989, sendo que no Paraná, o último diagnóstico ocorreu em 1986. Apesar de não ter mais casos no País, a constante queda na taxa de coberturas vacinais acende um alerta para o retorno da pólio. Com objetivo de alertar os gestores de saúde e a população sobre a importância de manter o controle desta doença, a Organização Mundial da Saúde instituiu o dia 24 de outubro como o “Dia Mundial de Combate à Poliomielite”. A secretaria estadual da Saúde mantém permanente alerta sobre o risco de reintrodução do vírus causador da doença, destaca o secretário da pasta, Beto Preto.// SONORA BETO PRETO.//

A pólio é uma doença grave e contagiosa causada pelo poliovírus e pode provocar graves implicações no sistema nervoso central, como a atrofia e paralisia de membros, especialmente dos inferiores, causando paralisia principalmente em crianças. Há o risco de os músculos respiratórios também serem afetados, resultando até em morte. A meta de imunização indicada pelo Ministério da Saúde é de 95% para o público-alvo formado por crianças abaixo de um ano de idade. De acordo com dados do Programa Nacional de Imunização, em 2015 a cobertura da pólio no Paraná era de 97,39%. Porém, com o passar dos anos houve uma redução considerável, chegando a 80,75% em 2021. No ano passado, os dados apontam que somente 84,12% das crianças abaixo de um ano receberam a dose do imunizante. Em 2023, o número parcial é de 92,61%. Uma das formas de monitorar a circulação do vírus da poliomielite é por meio da notificação dos casos de Paralisia Flácida Aguda, que se caracteriza por paralisia nos membros inferiores e superiores, perda de força e de sensibilidade e que pode indicar poliomielite. No Paraná, a Secretaria desenvolve ações de vigilância ativa da Paralisia Aguda Flácida em menores de 15 anos ou em pessoas de qualquer idade, com histórico de viagem ou contato com pessoas vindas de países com circulação do Poliovírus nos últimos 30 dias que antecedem o início do déficit motor. Essas ações, como a notificação e coleta de amostras em tempo rápido, garantem que o Paraná permaneça como área livre da circulação do vírus em todo seu território. No Brasil, a forma mais popular de imunização se dá pela vacinação oral, a famosa “gotinha”. De acordo com o calendário, a vacina oral contra a poliomielite é indicada para crianças de 15 meses e aos quatro anos de idade como dose de reforço. No entanto, necessita ser precedida da imunização com a vacina inativada, injetável, aos dois, quatro e seis meses de vida. (Repórter: Felippe Salles)