Saúde alerta para cuidados em casos de acidentes com águas-vivas e caravelas

16/01/2023
A Secretaria de Estado da Saúde alerta veranistas e moradores do Litoral do Paraná para os cuidados com águas-vivas e caravelas, animais marinhos pertencentes ao grupo de cnidários. Durante a temporada de verão são frequentes casos de queimaduras por causa das toxinas presentes nos tentáculos desses animais. Segundo um levantamento da Secretaria junto ao Corpo de Bombeiros, desde o dia 17 de dezembro, início da operação Verão Maior Paraná, até agora, foram 2.262 atendimentos, uma média de 76 por dia. No ano passado, foram registrados 20 mil casos durante o período da ação do Governo do Estado no Litoral. O alerta é feito pela Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria da Saúde. O tipo mais comum de água-viva encontrado no Paraná mede cerca de 13 centímetros com os tentáculos, tem consistência gelatinosa e a aparência de um guarda-chuva. Provoca queimadura leve e é recomendada a aplicação de vinagre no local da lesão, pois o produto bloqueia a ação da toxina e alivia a dor, podendo ser aplicada a própria água do mar depois disso. Já a caravela chama atenção pela cor roxa e azul e parece uma bexiga boiando no mar. Pode chegar a dois metros de comprimento com os tentáculos, que se aderem à pele e liberam substâncias que causam o envenenamento capaz de afetar todo o organismo. Neste caso, é necessário buscar atendimento médico. Não se deve tocar nestes animais, mesmo que pareçam estar mortos na areia. Em ambos os casos, a orientação é não esfregar o local da lesão ou usar água doce, uma vez que isso estimula os nematocistos que ainda ficam na pele do paciente a injetarem mais toxinas e agravam o quadro. A maioria dos acidentes com águas-vivas ocasiona quadros leves. Raramente ocorrem situações mais graves como náuseas, vômitos, manifestações cardíacas ou respiratórias. Ocorrências podem ser informadas ao Centro de Controle de Envenenamentos do Paraná pelo 0800-410148. (Repórter: Gustavo Vaz)