Samu mais que dobrou a cobertura de atendimentos no Paraná
16/12/2019
Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde mostra que em 2010 apenas 43% da população paranaense era atendida pelo Samu no Paraná. Esse número mais que dobrou em 2019 e, atualmente, 90% da população e 85% dos municípios do Paraná recebem o serviço. De janeiro a novembro deste ano foram mais de 679 mil ligações acionadas pelo canal de atendimento 192. A maioria, cerca de 35%, de homens acima de 80 anos. Os atendimentos variam entre urgências clínicas, cirúrgicas, obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e causas externas, como acidentes e violências. As linhas de cuidado prioritárias são: Infarto Agudo do Miocárdio, Acidente Vascular Cerebral e trauma. A estrutura do serviço é realizada por regiões, visando integrar e aperfeiçoar o fluxo dos pacientes, buscando uma assistência de qualidade. Em 2019, mais de 64 milhões de reais foram investidos no atendimento realizado pelo Samu no Paraná. Beatriz Monteiro Oliveira, coordenadora da Rede de Atenção às Urgências, disse que a alta cobertura do Samu e a excelência nos atendimentos é resultado dos investimentos em equipamentos e em educação permanente que a Secretaria da Saúde propicia para a área.// SONORA BEATRIZ MONTEIRO OLIVEIRA.// A Secretaria da Saúde adquiriu recentemente uma medicação inovadora de alto custo para uma maior eficácia no tratamento de infartados. O Trombolítico é um remédio que impede que o músculo cardíaco pare de funcionar. O custo de cada ampola é de 5 mil e 700 reais. Ao todo foram mais de 229 mil reais investidos na aquisição do medicamento. De acordo com Beatriz, o infartado tem que chegar até uma hora e meia no serviço-destino, e conforme a localização que o paciente se encontra, ou o tempo que levou para acionar esse serviço de emergência, já passou um tempo. O helicóptero do governo, então, leva a medicação e aplica no local, para que então possa encaminhar o paciente até uma unidade para dar continuidade no atendimento.// SONORA BEATRIZ MONTEIRO OLIVEIRA.// O serviço aeromédico é um componente de alta relevância considerando a redução do tempo/resposta para atendimento e o acesso precoce do paciente ao serviço-destino para as medidas terapêuticas definitivas. As aeronaves ficam sediadas em Maringá, Londrina, Ponta Grossa, Cascavel e Curitiba. O serviço também conta com a aeronave asa fixa voltada à transferência inter-hospitalar de pacientes que necessitam de serviço de maior complexidade. Cada helicóptero tem raio de atuação de 250 km em média, cobrindo todo território do Estado. Acima de 250 km, o avião com total disponibilidade para a rede de urgência é utilizado. O atendimento corresponde a 3,3% do total diário de pacientes críticos. (Repórter: Amanda Laynes)