Sala de Situação leva Paraná ao topo da chamada Administração Tributária 3.0

23/11/2023
A Sala de Situação da Receita Estadual do Paraná, central de monitoramento na Inspetoria Geral de Fiscalização, tem desempenhado um papel importante na modernização das operações do Fisco paranaense. Com uma visão mais ampla sobre os cenários, a operação diária nesse local tende a reduzir não apenas o intervalo entre a identificação de fraudes ou simulações e as ações fiscais correspondentes, mas otimiza os recursos da fiscalização, direcionando-os a segmentos, áreas ou setores onde de fato venham a fazer diferença. Inaugurada há um ano como parte do Projeto de Modernização da Gestão Fiscal do Estado, o Profisco II, é um ambiente tecnológico avançado, equipado com uma videowall de alta resolução, de mais de 3,2 metros quadrados. A supertela, posicionada diante de uma grande mesa de reuniões, permite visualizar e analisar dados de diversas formas. Com a capacidade de ser dividida em várias telas menores, a videowall pode apresentar múltiplas informações simultaneamente, desde gráficos detalhados até videochamadas e imagens provenientes de câmeras com reconhecimento óptico de caracteres. O foco da estrutura está na resposta e na adoção de estratégias ágeis a partir dos dados coletados. O secretário da Fazenda, Renê Garcia Júnior, destaca a ferramenta tributária. // SONORA RENE GARCIA //

Um convênio estabelecido com a Polícia Rodoviária Federal adiciona uma camada adicional de eficácia ao sistema, ao permitir o acesso a imagens de mais de 700 câmeras distribuídas pelas rodovias do Estado. A Sala de Situação também se enquadra na chamada Administração Tributária 3.0, conceito recentemente definido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Após a aprovação, no ano passado, da Lei Complementar 194 pelo Congresso Nacional, que impôs restrições ao ICMS nos setores de combustíveis, energia e comunicações, a Sala de Situação foi capaz de ilustrar de maneira visual o impacto para os técnicos paranaenses. O segmento energético, que historicamente figurava entre os três principais setores para a arrecadação fiscal do Estado, agora consistentemente figura abaixo da 10ª posição, evidenciando a quebra arrecadatória. Especificamente no setor de energia, os números revelam uma queda de 54% na arrecadação de ICMS, em termos nominais, de janeiro a setembro em relação ao ano anterior, o que é destacado de forma nítida nos gráficos apresentados no videowall da Sala de Situação. (Repórter: Victor Luís)