Riscos de desmoronamento e acidentes justificam restrição na Graciosa

30/12/2020
O Governo do Estado esclarece que os riscos causados por temporais na região da Estrada da Graciosa, com a possibilidade de desmoronamento e também o grande número de acidentes nos rios, por causa das trombas d’água, estão entre os principais motivos para a adoção de medida que restringe a circulação de veículos pela via, que liga a Região Metropolitana de Curitiba ao Litoral Paranaense.A restrição está prevista em uma resolução conjunta das Secretarias de Estado da Segurança Pública e da Saúde, publicada na segunda-feira no Diário Oficial do Estado e que é válida entre os dias 29 de dezembro de 2020 e 3 de janeiro de 2021. Neste período, haverá limitação na passagem de carros no horário das 9 da manhã às 4 horas da tarde, no trecho entre o Portal da Graciosa e o Trevo São João da Graciosa.Vai ser permitida, porém, a circulação de veículos de emergência, dos moradores de Quatro Barras, Morretes, Antonina e Guaraqueçaba e de entregas para os residentes desses municípios, desde que haja comprovação das informações.Segundo o coordenador estadual da Defesa Civil, tenente-coronel Fernando Schunig, esta é uma época que chove muito, e a formação geológica e as condições da via a tornam muito vulnerável para deslizamentos graves, com histórico inclusive de óbitos.De acordo com a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, responsável pelo assessoramento técnico que embasou a resolução, a região tem um histórico de desastres nesta época do ano, que coincide com o aumento substancial do movimento na Estrada da Graciosa, superior à capacidade da via, junto a um período de chuvas mais intensas.Os temporais facilitam a ocorrência de enxurradas, alagamentos, deslizamentos de terra, quedas de barreiras e desmoronamentos.Outra atenção é com o fenômeno chamado cabeça d’água, que pega os banhistas desprevenidos e aumenta o risco de afogamentos.Ele é causado pelas chuvas na serra e na cabeceira dos rios, causando um aumento rápido e repentino no nível da água e da correnteza. (Repórter: Marcelo Galliano)