Risco de leptospirose cresce nos períodos de chuvas intensas

13/01/2020
A Secretaria de Estado da Saúde alerta a população para o risco de aumento de casos de leptospirose em áreas litorâneas, urbanas e rurais devido ao período de chuvas. A doença é causada pela bactéria leptospira, presente na urina principalmente de ratos, que com as chuvas se mistura à água de valetas, lama, lagoas, cavas e até mesmo nos locais com formação de enchentes. Uma média dos últimos cinco anos aponta que 49% dos casos confirmados da doença ocorreram no primeiro trimestre, quando há maior ocorrência das chuvas. De 2015 a 2019 foram confirmados 1.866 casos de leptospirose no Paraná. De acordo com a enfermeira da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria da Saúde, Tatiane Brites Dombroski, a penetração da bactéria ocorre através da pele com pequenos ferimentos ou lesões, da pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através das mucosas.// SONORA TATIANE BRITES DOMBROSKI.// A leptospirose pode ser adquirida tanto em áreas urbanas como nas áreas rurais, principalmente nas atividades relacionadas ao manejo e alimentação de animais de produção e na limpeza dos locais com maquinários e armazenamento de grãos, ração ou silagem. Após a infecção, o período de incubação da doença é, em média, de sete a 14 dias após o contato com a água contaminada. A leptospirose só poderá ser confirmada com exames laboratoriais feitos pelo Laboratório Central do Estado uma semana após o início dos sintomas. Embora 90% dos casos tenham evolução benigna, a doença pode levar à morte se não for tratada de modo correto. Os primeiros sintomas da leptospirose são febre alta, mal-estar, dores de cabeça constantes e intensas, dores pelo corpo, principalmente na panturrilha, cansaço e calafrios. Dores abdominais, náuseas, vômitos, diarreia e desidratação também são frequentes. (Repórter: Amanda Laynes)