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O BRDE, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, encerrou o primeiro semestre deste ano com 1 bilhão e 100 milhões de reais em operações de crédito contratadas. O montante representa um crescimento de 35% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Somados às contrapartidas dos próprios empreendedores, os financiamentos viabilizaram 1 bilhão e 400 milhões de reais em investimentos na Região Sul do país, dos quais 525 milhões de reais foram no Paraná. Eles foram responsáveis pela manutenção e geração de cerca de 20 mil postos de trabalho e o incremento de 162 milhões de reais em impostos no Brasil. No Paraná, foram mantidos ou gerados 7 mil e 500 empregos. Comércio e serviços é o segmento de destaque no Estado, com 61% do total de recursos, ou seja, 236 milhões de reais. Dos financiamentos, 58% foram para produtores rurais e micro, pequenas e médias empresas. O diretor de Operações do BRDE, Wilson Bley Lipski, ressaltou que o desempenho é um reflexo das orientações do governador e também do comprometimento de toda a equipe do banco.// SONORA WILSON BLEY LIPSKI// O lucro líquido apurado pelo BRDE no primeiro semestre deste ano foi de 109 milhões e 600 mil reais, o que representa um incremento de 66% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado foi impactado, também, pela melhoria da carteira de crédito. Outro fator relevante foi a redução do índice de inadimplência, a partir de 90 dias, de 2,84% para 0,88% na comparação do primeiro semestre deste ano com o do ano passado. O diretor administrativo financeiro, Luiz Carlos Borges da Silveira, afirma que a diminuição da inadimplência no Paraná é reflexo da qualidade da carteira e da economia empresarial saudável pronta para a retomada do crescimento.// SONORA LUIZ CARLOS BORGES DA SILVEIRA//O percentual alcançado pelo BRDE é menor do que o apresentado pelo conjunto de bancos públicos e também ao de todo o Sistema Financeiro Nacional. O diretor de Operações, Wilson Bley Lipski, destacou que somente o Paraná atende 40% dos clientes do banco, chegando a 5 bilhões e 300 milhões de reais em créditos. De acordo com ele, o setor de agropecuária, somando agroindústrias e projetos de armazenagem de grãos, representa 60% do total da carteira do Estado, valor que chega a 3 bilhões e 180 milhões de reais.// SONORA WILSON BLEY LIPSKI//Dos financiamentos do banco, 32% estavam aplicados no setor agropecuário, 25% na Indústria, 22% no segmento de Comércio e Serviços e 20% na Infraestrutura. No primeiro semestre deste ano, foram registradas 1.086 novas operações de crédito. Entre os programas agrícolas do governo federal, o BRDE liderou os repasses das linhas do BNDES Prodecoop, para desenvolvimento de cooperativas e PCA, para projetos de armazenagem. Em maio deste ano, a Comissão de Financiamentos Externos do Ministério da Economia aprovou a carta consulta do BRDE para operação de 125 milhões de dólares com o Banco Mundial. Os recursos vão ser usados para financiar projetos para a redução do impacto negativo de eventos climáticos extremos e das consequências da mudança no clima e, também, para a construção de uma maior resiliência dos municípios a desastres naturais. Também está em negociação uma linha de crédito com o Banco de Desenvolvimento da América Latina de até 70 milhões de dólares para financiar programas estratégicos na Região Sul. O BID estuda, ainda, a estruturação de um segundo programa com recursos de 100 milhões de dólares. (Repórter: Priscila Paganotto)