Quebra da safra no Paraná afeta o Produto Interno Bruto do Estado no primeiro trimestre deste ano

24/06/2019
O PIB, Produto Interno Bruto do Paraná, caiu 1,61% nos primeiros três meses deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o Ipardes, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, entre os três grandes setores que compõem a economia regional, a agropecuária apresentou o pior resultado, com queda de mais de 7%, provocado pela redução de 15% na safra de verão da soja. O setor industrial, que engloba os segmentos de transformação, construção civil e serviços industriais de utilidade pública, como energia elétrica, água, esgoto e gás, registrou queda de 0,26%. De acordo com o Operador Nacional do Sistema, os geradores de energia do Paraná produziram, no primeiro trimestre deste ano, 22% a menos do que no mesmo período do ano passado. Especificamente em relação a Itaipu, houve um decréscimo de 26% na produção, como resultado dos baixos níveis do reservatório da usina no período. Também houve retração no setor de serviços, que levou em conta baixas nas atividades de informação, comunicação e no segmento financeiro. O diretor do Centro de Pesquisa do Ipardes, o economista Julio Suzuki Júnior, explica que o resultado leva em conta fatores que escapam do controle dos agentes públicos, como problemas climáticos e a retomada lenta dos investimentos em nível federal.// SONORA JULIO SUZUKI JÚNIOR//Apesar da crise econômica nacional e das perdas na safra de soja, o Paraná conseguiu atrair, até o mês passado, 12 bilhões de reais em investimentos privados e abriu 105.130 empresas, com saldo positivo de 8 mil e 400 novos negócios em relação ao mesmo período do ano passado. Com o programa de incentivos do Estado, a intenção é atrair 20 bilhões de reais em empreendimentos até o final deste ano. O Paraná também fechou os 120 primeiros dias deste ano como o quarto Estado que mais contratou, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. Além disso, a estimativa é ter uma economia de pelo menos 85 milhões de reais ao ano com a reforma administrativa, que enxugou o número de secretarias e cargos, e a revisão e renegociação de contratos. O economista do Ipardes, Julio Suzuki Júnior, indica que existem tendências positivas para os próximos meses, apesar da queda no PIB, em função da retomada do emprego no Paraná e do dinamismo da indústria de transformação.// SONORA JULIO SUZUKI JÚNIOR//Para a abertura de postos de trabalho, o Governo do Estado desenvolve três novos programas. O Paraná mais Empregos quer levar oportunidades para 50 cidades com menor Índice de Desenvolvimento Humano, com subsídio de energia e juros com taxas mais baixas, via Fomento Paraná ou BRDE. Outro ponto é o apoio ao empreendedorismo feminino, com linhas de crédito facilitadas por meio da Fomento Paraná. A terceira iniciativa é o Banco do Agricultor Paranaense, uma linha de financiamento, também com recursos do BRDE e da Fomento Paraná, que apoie a inovação e a sustentabilidade na agricultura e o desenvolvimento tecnológico em micro, pequenas e médias empresas inovadoras. (Repórter: Priscila Paganotto)