Proteína alternativa: apoiada pelo Estado, startup paranaense transforma fungos em “carne”
31/07/2024
Imagine poder comer um hambúrguer, com o mesmo sabor, menos gordura e calorias e mais proteína e fibras. Essa é a proposta da Typcal, spin-off da startup Fungi Biotecnologia, que tem sedes em Curitiba e Ponta Grossa. A foodtech paranaense inovou ao desenvolver uma proteína concentrada no micélio, que é a parte vegetativa de fungos e cogumelos. A startup foi umas das 68 selecionadas no primeiro edital do Paraná Anjo Inovador e recebeu 250 mil reais de incentivo do programa desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital. A ideia surgiu em 2021 quando o engenheiro de bioprocessos, Eduardo Sydney, juntou forças com o empreendedor da indústria de alimentos Paulo Ibri para criar um alimento alto em proteínas e fibras, e baixo em gordura e calorias. Diretor de Tecnologia da startup, Sydney explica que uma das maiores dificuldades de alimentos à base de plantas, como soja e ervilha, é o sabor. // SONORA EDUARDO SYDNEY //
O ingrediente é produzido a partir de um processo de fermentação líquida semelhante ao utilizado na produção de cervejas e etanol. O produto final sólido tem características como textura e aparência similares a um frango desfiado, sabor neutro, além de benefícios à saúde. Dessa forma ele pode ser usado no mercado vegano e vegetariano como um substituto de frango, por exemplo. Outro foco da empresa é inserir o produto no mercado de comidas saudáveis, misturando a proteína do micélio com a proteína animal. Além da Typcal, a tecnologia de fermentação do micélio ainda gerou outras duas spin-offs dentro da Fungi Biotecnologia. São elas a Mush, que trabalha com produção de embalagens e materiais sustentáveis e biodegradáveis, para os setores de arquitetura, designers e construção civil, como mesas, luminárias, peças de decoração e até urnas funerárias. E a Muush, que produz um biotecido similar ao couro que a indústria da moda aplica em bolsas, roupas, calçados e itens decorativos. A Fungi atua com dois processos de fermentação: sólida e líquida. Essa técnica é pioneira na América Latina, sendo o processo fermentativo mais rápido do mundo quando comparado com outras startups que usam a mesma tecnologia. (Repórter: Victor Luís)
O ingrediente é produzido a partir de um processo de fermentação líquida semelhante ao utilizado na produção de cervejas e etanol. O produto final sólido tem características como textura e aparência similares a um frango desfiado, sabor neutro, além de benefícios à saúde. Dessa forma ele pode ser usado no mercado vegano e vegetariano como um substituto de frango, por exemplo. Outro foco da empresa é inserir o produto no mercado de comidas saudáveis, misturando a proteína do micélio com a proteína animal. Além da Typcal, a tecnologia de fermentação do micélio ainda gerou outras duas spin-offs dentro da Fungi Biotecnologia. São elas a Mush, que trabalha com produção de embalagens e materiais sustentáveis e biodegradáveis, para os setores de arquitetura, designers e construção civil, como mesas, luminárias, peças de decoração e até urnas funerárias. E a Muush, que produz um biotecido similar ao couro que a indústria da moda aplica em bolsas, roupas, calçados e itens decorativos. A Fungi atua com dois processos de fermentação: sólida e líquida. Essa técnica é pioneira na América Latina, sendo o processo fermentativo mais rápido do mundo quando comparado com outras startups que usam a mesma tecnologia. (Repórter: Victor Luís)