Projeto do Laboratório de DNA do Paraná vai receber investimentos do governo federal

13/10/2021
Um projeto de aprimoramento da estrutura do laboratório de perfis genéticos do Paraná, recebeu do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, a maior nota de avaliação do Brasil. O resultado garante investimento do governo federal de 790 mil reais, destinado a dar ainda mais precisão às análises realizadas no Estado.
O edital da União tem por objetivo estruturar o Sistema de Gestão da Qualidade dos laboratórios que compõem a rede nacional, conforme a ISO 17.025, proporcionando a garantia da qualidade, integridade, segurança e competência de cada um, em prol dos dados inseridos nos Bancos de Perfis Genéticos e no Banco Nacional de Perfis Genéticos.
O projeto da Polícia Científica recebeu nota 80, à frente de Pernambuco, em segundo lugar, com 74 e Goiás, na sequência, com nota 71. Eles foram validados pelo Inmetro, Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia e pela Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos.
Para o diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, Luiz Rodrigo Grochocki, a participação neste edital de liberação de recursos é um reconhecimento para a instituição do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo laboratório e uma oportunidade de melhorar os resultados da investigação para os próximos anos. Esta acreditação também valida internacionalmente a confiabilidade e os serviços prestados pelo Estado.
Segundo o coordenador do laboratório de DNA da Polícia Científica do Paraná, Marcelo Malaghini, com a atualização haverá uma competência técnica ainda maior.
Entre os critérios de avaliação dos projetos apresentados estavam a contratação de serviços de calibração de equipamentos e ensaios de proficiência, visando o cumprimento dos requisitos dispostos nas normas da ABNT, e a aquisição de sistema informatizado de automação e gestão de laboratório.
A Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos está ligada diretamente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, sendo formada pelos diversos Bancos de Perfis Genéticos e o Banco Nacional de Perfis Genéticos. O objetivo é propiciar o intercâmbio de perfis genéticos de interesse da Justiça para subsidiar apuração criminal e a identificação de pessoas desaparecidas.
Dos mais de 110 mil perfis cadastrados na rede, 5.582 foram mapeados pela Polícia Científica do Paraná desde a criação do banco, em 2009, conforme último relatório do Ministério, publicado em maio de 2021. O Estado é o sétimo do País com a maior contribuição absoluta.
Estão incluídos no banco de perfis genéticos do laboratório do Paraná várias categorias. As mais comuns, segundo o relatório do Ministério, são a de condenados, seguida de vestígios de locais de crimes e de referências de pessoas desaparecidas, cujos perfis são coletados de restos mortais não identificados, assim como de pessoas de identidade desconhecida, e confrontados com perfis de familiares ou de referência direta do desaparecido, tais como escova de dente ou roupa íntima. (Repórter: Flávio Rehme)