Projeto da UEL vai desenvolver ações de prevenção à obesidade

04/05/2021
Um projeto coordenado pela UEL, Universidade Estadual de Londrina vai contribuir para a prevenção e o tratamento da obesidade e de doenças associadas em três municípios do Paraná que apresentam taxa de obesidade maior que 28% , a média nacional: Londrina (33%), Ponta Grossa (37%) e Maringá (39%).
Em trabalho de capacitação de profissionais da Atenção Primária à Saúde, o projeto vai possibilitar que os usuários das Unidades Básicas de Saúde recebam orientações sobre alimentação saudável, atividade física e mudança de estilo de vida.
A realização do projeto é possível com a captação de cerca de 525 mil reais na Chamada 28/2020 do CNPq e Ministério da Saúde, aprovada em dezembro do ano passado.
Foram aprovados 13 projetos, sendo um de cada estado do País, com investimentos de mais de 6 milhões de reais. O foco é a capacitação de profissionais da saúde e gestores para organização e qualificação do cuidado às pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis.
No Paraná, a UEL é proponente do projeto, tendo como colaboradoras as universidades estaduais de Maringá e Ponta Grossa.
Denominado “Formação de gestores e profissionais de saúde da APS do Estado do Paraná no enfrentamento da obesidade e fatores associados: análise de efetividade a partir de abordagem quali-quantitativa”, o projeto é coordenado pelo professor Denilson de Castro Teixeira, do Departamento de Educação Física, do Centro de Educação Física e Esporte, e envolve outros 14 professores das áreas de Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Psicologia, Medicina, Nutrição, Saúde Coletiva e, ainda, Medicina Veterinária.
Denilson Teixeira estima que mais de 350 profissionais serão capacitados pelo projeto. //SONORA DENILSON TEIXEIRA//
Serão 36 meses de trabalho, divididos em três eixos. O primeiro é voltado para o levantamento de dados junto às Unidades Básicas de Saúde para identificar e selecionar as que apresentam as maiores taxas de obesidade. O segundo eixo é de capacitação dos profissionais com Ensino Superior, como enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, entre outros, a partir de métodos inovadores e elaboração de aplicativo para comunicação com os usuários. O terceiro eixo é de divulgação dos resultados obtidos na pesquisa, para todos os níveis, desde revistas científicas até materiais informativos e educativos para a população.
Segundo Denilson, durante todo o período da pesquisa são feitas avaliações sobre a eficácia da capacitação com usuários, profissionais e gestores das Unidades Básicas de Saúde. O objetivo é que a metodologia aplicada seja testada e validada para que, futuramente, o Ministério da Saúde possa utilizá-la em ações nacionais de prevenção de doenças crônicas.
Devido à pandemia da Covid-19, o início das ações do projeto foi adiado. Segundo Denilson Teixeira, já foram desenvolvidas etapas preliminares, como celebração convênios, com as universidades, prefeituras dos municípios e Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, além de organização do projeto e capacitação da própria equipe. (Repórter: Flávio Rehme)