Projeto Mãos Amigas já garantiu melhorias em mais de 600 escolas do Paraná

14/10/2019
O projeto Mãos Amigas, que utiliza a mão de obra de presos para reparos, manutenção e pequenos consertos gera benefícios para a sociedade. Apenas em Curitiba e Região, 416 escolas já foram atendidas pela ação e mais de 220 instituições nas demais cidades do Paraná. O projeto é desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio de parceria entre o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional, Fundepar; Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária e pelo Departamento Penitenciário, Depen. De acordo com o coordenador do Mãos Amigas, Nabor Bettega Júnior, do Instituto Fundepar, além de ajudar na conservação e revitalização desses prédios públicos, o projeto ainda faz a ressocialização dos presos participantes, garantindo redução da pena e, ainda, economia na execução dos serviços de reparos nos prédios públicos para o Estado.// SONORA NABOR BETTEGA JÚNIOR.//
O projeto Mãos Amigas utiliza a mão de obra de presos que estejam no regime semiaberto para serviços de pintura, jardinagem e obras emergenciais, como troca de telhas e forros. Além de Curitiba e Região Metropolitana, o Mãos Amigas atende escolas de Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Guarapuava. Os presos participantes recebem uma remuneração mensal no valor de 748 reais e 50 centavos, ficando 20% guardado em uma poupança sob titularidade do detento e o restante entregue a família. Segundo Nabor Bettega, os números confirmam o bom desempenho do projeto. Desde a criação em 2012, mais de 600 presos participaram do projeto e o índice de reincidência na criminalidade é zero.// SONORA NABOR BETTEGA JÚNIOR.//
A diretora do Colégio Estadual Alfredo Chaves, de Colombo, Zuleide Simioni, considera a iniciativa positiva. Ela conta que a escola teve apenas que adquirir os materiais.// SONORA ZULEIDE SIMIONI.//
Os presos passam por avaliação feita por uma Comissão Técnica de Classificação, que é composta por psicóloga, pedagogo, jurídica, segurança e a direção da unidade penal. Os participantes do projeto seguem regras e normas rígidas. Não é permitido qualquer contato com pessoas que não sejam do projeto ou do Depen. Eles também são acompanhados por um agente penitenciário em todos os trabalhos. (Repórter: Amanda Laynes)