Programa de ressocialização de presos amplia atuação em melhoria de escolas estaduais

28/04/2021
O programa de ressocialização Mãos Amigas, que utiliza a mão de obra de presos para pequenos serviços de manutenção e conservação de prédios escolares atendeu 90 colégios de oito Núcleos Regionais de Educação pelo Paraná em 2020. Cerca de 100 presos participaram das ações.
A proposta é ampliar o atendimento para mais duas regionais em 2021: Cascavel e Umuarama. Os trabalhos neste ano começaram nos colégios estaduais de Curitiba e Região Metropolitana. Já foram dez serviços prestados entre pinturas, roçada e reparos.
Atualmente, as escolas estaduais de Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Londrina, Francisco Beltrão, Cruzeiro do Oeste, Cascavel, Maringá e dos municípios da Região Metropolitana são atendidas pelo programa.
Uma dessas intervenções acontece no Colégio Estadual Rocha Pombo, em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba. A prefeitura cedeu um espaço para atender uma demanda crescente de novas matrículas, no entanto, eram necessários alguns reparos e pintura.
Em regime semiaberto, Thiago Vicente é um dos participantes do programa que deu nova pintura ao colégio Rocha Pombo. Ele reconheceu ter uma nova chance. //SONORA THIAGO VICENTE//
O programa atende as recomendações sanitárias das autoridades de saúde ao realizar qualquer atividade em uma escola. É obrigatório o uso de máscaras, do álcool em gel e o afastamento social que garantem a segurança dos envolvidos na realização dos trabalhos.
O diretor-presidente da Fundepar, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional, Marcelo Pimentel Bueno destacou que o Mãos Amigas realiza importantes contribuições para a sociedade paranaense, seja na área da educação, com a agilidade nas ações de reparos e conservação nas escolas, seja na segurança pública, oferecendo a oportunidade de ressocialização. //SONORA MARCELO PIMENTEL BUENO//
O Mãos Amigas é um programa da Fundepar em parceria com o Departamento Penitenciário da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Paranaeducação. O programa atua como um instrumento de ressocialização e reintegração de presos em regime semiaberto, quando trabalham ou estudam fora, mas dormem na prisão. O Estado utiliza a mão de obra de presos, o que acarreta em economia para os cofres públicos. E para o preso, cada dia trabalhado reduz o tempo no sistema prisional.
Desde o início do programa, em 2012, já aconteceram mais de 500 intervenções em prédios escolares e públicos. Cerca de 600 presos participaram. Nos últimos três anos, o programa economizou mais de 4 milhões e 500 mil reais.
O programa recebeu em 2019 o certificado selo de responsabilidade social pelo trabalho prisional. O prêmio é conferido pelo Departamento Penitenciário Nacional, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Mais de 600 apenados já passaram pelo programa e o índice de reincidência é zero. (Repórter: Flávio Rehme)