Produtor de Itapejara do Oeste, na região Sudoeste, colhe soja sem uso de agrotóxico

20/01/2020
O município de Itapejara do Oeste, na região de Pato Branco, é um dos primeiros a colher soja no Estado. A produtividade, entre 170 e 180 sacas por alqueire, está sendo comemorada pelos produtores. Mas alguns agricultores em especial estão muito satisfeitos com os resultados. Além de colherem muito bem, eles conseguiram reduzir as despesas com produtos químicos. Isso foi possível graças ao Manejo Integrado de Pragas e de Doenças, estratégia difundida pelos extensionistas do Instituto Emater. Em algumas áreas foi possível colher soja sem fazer sequer uma aplicação de agrotóxico. Cerca de 25% dos 15 mil hectares com soja, cultivados em Itapejara do Oeste, estão em fase de maturação, no ponto de colheita. Até fevereiro as colheitadeiras devem estar a campo.
Há cinco anos o Manejo Integrado de Pragas e o Manejo Integrado de Doenças fazem parte da rotina de um grupo de agricultores. Os extensionistas acompanham, diretamente, 50 agricultores, o que significa uma área de 1.500 hectares. O município conta com uma Unidade Demonstrativa onde foi instalado um coletor de esporos. O equipamento registra a ocorrência do fungo causador da ferrugem. Com base nessa informação e a análise das condições climáticas, o técnico determina se é necessário, ou não, fazer o controle da doença com algum produto químico. Numa das Unidades a produtividade chegou a 182 sacas por alqueire, mas o custo foi bem menor porque não foi preciso aplicar nenhum produto nas lavouras. Em média, os produtores que não têm esse acompanhamento fazem até três aplicações por safra. A despesa fica entre 400 e 500 reais por alqueire em cada aplicação. Na safra 2018/2019 os extensionistas acompanharam 249 agricultores em todo o Estado que adotaram o Manejo Integrado de Pragas e o Manejo Integrado de Doenças. Esses produtores conseguiram reduzir as aplicações de inseticidas em 50% e o uso de fungicidas em até 33%, em comparação a áreas que não implantaram essas tecnologias. Com isso, foi possível aumentar a rentabilidade econômica das lavouras. Toda a sociedade também ganha, pois a redução do uso de agrotóxicos representa um ambiente mais saudável. (Repórter: Amanda Laynes)