Produção de mandioca deve crescer 6% no Paraná, projeta boletim do Deral

02/05/2024
A produção de mandioca no Paraná está projetada em 3 milhões e 690 mil toneladas para 2024, 6% acima das 3 milhões e 490 mil toneladas colhidas em 2023. A informação está no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 26 de abril a 2 de maio. O documento é elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Segundo o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho, o aumento de produção se deve à expectativa de que se colha, neste ano, uma área 2% maior do que em 2023. Ele também destaca que outra razão para o volume mais expressivo está nas maiores produtividades obtidas até o momento. // SONORA CARLOS HUGO GODINHO //

Essa situação, porém, tem dificultado o recebimento do produto nas fecularias, pressionando os preços. Em abril, o valor recebido pelo produtor foi de 433 reais em média, representando um recuo de 3,9% em relação a março e de 53% em relação a abril de 2023. O excesso momentâneo de produção pode se regular à medida que as colheitas cheguem às áreas de menor produtividade de um ciclo. Caso contrário, a área colhida deverá ser menor do que a estimada atualmente, com mais áreas sendo deixadas para se colher em 2025. O Deral destaca, ainda, que abril foi um mês de poucas chuvas na maior região produtora, no Arenito Caiuá e, mesmo assim, as produtividades têm se mantido, diferente do que se observa na produção de grãos. Por outro lado, o solo excessivamente seco dificulta o arranquio da raiz, o que pode impactar o ritmo da colheita. Em relação ao milho, a segunda safra 23/24 começa a entrar na fase final de desenvolvimento. Já o plantio da nova safra de cebola no Paraná terá início em meados de maio, quando cerca de 10% da área projetada será cultivada. O Boletim mostra ainda que o preço recebido pelo produtor de leite no Paraná segue renovando as altas com a proximidade do inverno. Atualmente comercializado a 2 reais e 40 centavos por litro posto na indústria, segundo o Deral, o produto apresentou alta de 2,87% na média mensal. E na mais recente atualização dos dados de exportação de 2023 do Comtrade da ONU, o Brasil figura como o segundo maior exportador global de cortes cárneos congelados de suínos, com uma significativa participação de 26,1%. O boletim completo pode ser consultado no site www.agricultura.pr.gov.br. (Repórter: Gustavo Vaz)