Produção de biogás a partir da suinocultura gera renda extra para produtores
13/08/2024
Limpa, renovável e rentável. Mais do que uma solução energética sustentável, que evita o despejo de resíduos no meio ambiente, a produção de biogás a partir dos dejetos e carcaças dos porcos se transformou em uma fonte de renda extra para os suinocultores do Paraná. Com sistemas de biodigestores e geradores instalados dentro das propriedades, os granjeiros têm segurança energética para consumo próprio e ainda conseguem distribuir o excedente gerado para a rede, vendendo energia. É o caso da família Baratto, de Medianeira, na região Oeste do Estado. O produtor Rodrigo Baratto explica que desde que passaram a produzir biogás dentro da propriedade com os resíduos da suinocultura, eles conseguiram zerar a conta de luz e ainda lucrar com a sobra de energia. // SONORA RODRIGO BARATTO //
Após esses três meses do sistema instalado, eles conseguem gerar 25 mil kilowatts por mês. Cerca de 2 mil kilowatts são usados para cobrir o consumo da propriedade e o restante é vendido. A família economiza entre mil e mil e 500 reais que gastariam com a antiga fatura de energia e ainda vendem o restante por cerca de 12 mil reais mensais. A soma entre o valor economizado e o lucro com a comercialização da energia encurtam o tempo para que o investimento feito para a instalação do sistema de produção de biogás na propriedade se pague sozinho. Ao todo, a família investiu 680 mil reais para a instalação de todo o sistema. A família também teve como incentivo o Programa Paraná Energia Renovável, o RenovaPR do Governo do Estado, que estimula a transformação energética no campo com juros subsidiados por meio do Banco do Agricultor Paranaense. Esse programa é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná. Desde 2021, mais de 8 mil produtores rurais contaram com apoio do programa para levar energia renovável às propriedades, com repasse de 231 milhões de reais do Governo do Estado para subvenção dos juros. Rodrigo Baratto explica que no caso da família dele, o investimento foi feito a juro zero. // SONORA RODRIGO BARATTO //
Para conseguir gerar a energia dentro da propriedade, é preciso instalar um biodigestor e um gerador. O biodigestor é o sistema onde são depositados os dejetos orgânicos para que eles passem por uma série de reações químicas que produzem o biogás. Na propriedade da família Baratto, que tem 2 mil e 500 suínos, o gerador com capacidade para 60 kilowatts por hora tem material para produzir energia ao longo de 15 horas por dia. O processo químico de biodigestão ainda produz um composto líquido rico em nutrientes como nitrogênio e fósforo, que pode ser usado para a fertirrigação das áreas de pastagem e lavoura da propriedade. É o caso da propriedade dos Baratto que, além da produção de suínos, também conta com gado de corte e plantação de soja e milho, ao longo de 108 hectares. De acordo com Ângelo Baratto, pai de Rodrigo e quem levou a família a trabalhar com suinocultura nos anos 1960, o tratamento das sobras orgânicas com os biodigestores melhora inclusive as condições de trabalho nas granjas, diminuindo o mau cheiro e as moscas. // SONORA ÂNGELO BARATTO //
O Paraná é o segundo maior produtor de suínos do Brasil, e o tamanho do mercado mostra o potencial da produção de biogás a partir dos resíduos da suinocultura no Estado. (Repórter: Gustavo Vaz)
Após esses três meses do sistema instalado, eles conseguem gerar 25 mil kilowatts por mês. Cerca de 2 mil kilowatts são usados para cobrir o consumo da propriedade e o restante é vendido. A família economiza entre mil e mil e 500 reais que gastariam com a antiga fatura de energia e ainda vendem o restante por cerca de 12 mil reais mensais. A soma entre o valor economizado e o lucro com a comercialização da energia encurtam o tempo para que o investimento feito para a instalação do sistema de produção de biogás na propriedade se pague sozinho. Ao todo, a família investiu 680 mil reais para a instalação de todo o sistema. A família também teve como incentivo o Programa Paraná Energia Renovável, o RenovaPR do Governo do Estado, que estimula a transformação energética no campo com juros subsidiados por meio do Banco do Agricultor Paranaense. Esse programa é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná. Desde 2021, mais de 8 mil produtores rurais contaram com apoio do programa para levar energia renovável às propriedades, com repasse de 231 milhões de reais do Governo do Estado para subvenção dos juros. Rodrigo Baratto explica que no caso da família dele, o investimento foi feito a juro zero. // SONORA RODRIGO BARATTO //
Para conseguir gerar a energia dentro da propriedade, é preciso instalar um biodigestor e um gerador. O biodigestor é o sistema onde são depositados os dejetos orgânicos para que eles passem por uma série de reações químicas que produzem o biogás. Na propriedade da família Baratto, que tem 2 mil e 500 suínos, o gerador com capacidade para 60 kilowatts por hora tem material para produzir energia ao longo de 15 horas por dia. O processo químico de biodigestão ainda produz um composto líquido rico em nutrientes como nitrogênio e fósforo, que pode ser usado para a fertirrigação das áreas de pastagem e lavoura da propriedade. É o caso da propriedade dos Baratto que, além da produção de suínos, também conta com gado de corte e plantação de soja e milho, ao longo de 108 hectares. De acordo com Ângelo Baratto, pai de Rodrigo e quem levou a família a trabalhar com suinocultura nos anos 1960, o tratamento das sobras orgânicas com os biodigestores melhora inclusive as condições de trabalho nas granjas, diminuindo o mau cheiro e as moscas. // SONORA ÂNGELO BARATTO //
O Paraná é o segundo maior produtor de suínos do Brasil, e o tamanho do mercado mostra o potencial da produção de biogás a partir dos resíduos da suinocultura no Estado. (Repórter: Gustavo Vaz)