Prevenção e diagnóstico: Saúde orienta sobre os cuidados com a Mpox

15/08/2024
Após a OMS classificar a Mpox como uma Emergência de Saúde Pública devido ao aumento expressivo de casos e mortes causadas por uma nova variante da doença na África, a Secretaria de Estado da Saúde alerta sobre as medidas de prevenção e cuidados em relação à doença. Segundo o Ministério da Saúde, foram notificados no Brasil 709 casos confirmados ou prováveis neste ano, até o momento, número bastante inferior quando comparado aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, ano em que foi contabilizado o pico da doença no país e declarada pela OMS a última Emergência de Saúde Pública no mbito Internacional para a doença. Neste ano, no Paraná, foram identificados 131 casos suspeitos de Mpox e, destes, oito confirmados, sem nenhum registro de morte. Essas confirmações estão distribuídas na 2ª Regional de Saúde Metropolitana, 17ª de Londrina e 19ª de Jacarezinho. Os dados preliminares são do Sinan, Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Em 2022, durante o pico da doença, foram 283 casos no Estado. Nesta quinta-feira, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a formação de um Comitê de Operação de Emergência com a Anvisa, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e outros órgãos para analisar e coordenar as ações de resposta à doença. De acordo com o Ministério, a pasta negocia ainda a aquisição de 25 mil doses da vacina junto à Organização Pan-americana de Saúde. A vacina é destinada apenas para pessoas diagnosticadas com HIV, imunossuprimidos, que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a doença, além de profissionais de laboratórios que trabalham diretamente com o vírus. A Mpox é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. Os principais sintomas envolvem febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, inchaço nos nódulos linfáticos, calafrios e fadiga. O diagnóstico da doença é realizado de forma laboratorial. O teste deve ser feito em todos os pacientes que forem enquadrados como casos suspeitos. As amostras são direcionadas para os laboratórios de referência pelo Laboratório Central do Estado. (Repórter: Gustavo Vaz)