Presos da Penitenciária de Londrina vão produzir máscaras para hospitais do município

28/04/2020
A Penitenciária Estadual de Londrina I vai produzir quatro mil escudos faciais, que são máscaras de acetato também conhecidas como “face shields”. Os itens serão destinados ao Hospital Universitário e outras unidades de saúde do município. Cerca de dois mil e 500 itens já foram finalizados, e dois mil deles já foram enviadas ao HU. O setor de trabalho tem 15 presos dedicados à produção, e média de 150 protetores faciais por dia, além de outras 250 máscaras descartáveis produzidas. Segundo o diretor da Penitenciária, André Fabiano Dea, esta produção também vai beneficiar a Santa Casa de Londrina.
Os escudos faciais são montados por etapas. De início, é feita a impressão do suporte de cabeça e recortada a lâmina em acetato, ambos em impressora 3D. Estes primeiros processos ficam a cargo do Hospital, que conta com a ajuda de alunos, professores e voluntários. Depois, os materiais são enviados à unidade, que fica com a parte da mão de obra. Uma vez finalizada a primeira encomenda do HU, a produção agora está focada em máscaras descartáveis, porém em um formato diferente da que já estava sendo fabricada na unidade, segundo André.
O novo modelo foi criado a partir do trabalho integrado dos setores de design e enfermagem da UEL. A ideia da produção deste novo padrão, segundo a docente do departamento de Enfermagem da UEL, Danielly Negrão Guassu Nogueira, é tornar o produto mais barato e suprir a falta no mercado. De acordo com ela, o tecido adotado no novo modelo já era utilizado em embalagens estéreis, mas não em máscaras. Danielly afirmou que o material é seguro para isso por conta da característica de barreira microbiológica e viral que possui.// SONORA DANIELLY GUASSU.//
Na parceria, o Hospital Universitário cede o tecido, uma empresa de Cambé fica responsável pelo corte no formato correto e, em seguida, os presos fazem as costuras finais e das faixas de amarração. No momento, há 15 presos trabalhando na confecção das face shields, mas a ideia da unidade é ampliar para 20. Para os detentos, a vantagem é que a cada três dias trabalhados, eles recebem o benefício de remir um dia de pena. Outras informações sobre ações que vêm sendo tomadas na retaguarda da Covid-19 podem ser conferidas em coronavírus.pr.gov.br. (Repórter: Wyllian Soppa)