Prêmio Orgulho da Terra valoriza uso de tecnologias na agropecuária paranaense

16/10/2023
O produtor João Roberto Zielinski, de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, adotou em 2019 o SPDH, Sistema de Plantio Direto de Hortaliças, e conta que, desde então, reduziu despesas com insumos, inseticidas, adubos e irrigação. Quatro anos depois de adotar a técnica ele não consegue enxergar outra maneira de produzir. Os resultados obtidos também lhe renderam, em 2022, um troféu do Prêmio Orgulho da Terra na categoria tecnologia. O prêmio, por indicação de técnicos do IDR-Paraná e do Sistema Ocepar, reconhece as boas práticas no campo em 17 categorias e neste ano será entregue a 21 produtores no dia 21 de novembro. Um dos principais resultados da adoção do SPDH, lembra Zielinski, foi o aumento na vazão das nascentes da propriedade. De acordo com o produtor, o volume de água produzido dobrou desde a adoção do sistema. A água utilizada para irrigação hoje vem toda da nascente da propriedade e o excedente é drenado para o Rio Miringuava, utilizado no abastecimento da Região Metropolitana de Curitiba. A implantação do SPDH resulta em uma agricultura mais sustentável, que diminui a erosão do solo, o consumo de água com irrigação e as temperaturas extremas, já que a terra permanece sempre coberta. A substituição do sistema de plantio convencional traz resultados notáveis para os produtores. O método contempla três princípios: o revolvimento restrito do solo, a rotação de culturas e a cobertura permanente do solo. As indicações para o Prêmio são feitas por um grupo de técnicos do IDR-Paraná e do Sistema Ocepar - Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, que avaliam os empreendimentos sob a perspectiva social, ambiental e econômica. O tema deste ano é “Desenvolver sem esgotar”. (Repórter: Nathália Gonçalves)